Os danos provocados pelo consumo de drogas e notadamente o vertiginoso crescimento do crack vem inquietando, de uma maneira geral, a sociedade cearense e causando grande preocupação ao Governo do Estado, não só na área da Segurança Pública como no campo da Saúde. O resultado deste crescimento é o aumento da violência no trânsito, nas ruas e nas famílias, além da ausência no trabalho, da ampliação de inúmeras doenças, e da consequência do drama da dependência química. Promover uma grande discussão na sociedade cearense sobre o avanço das graves consequências provocadas pelo crack, em todas as camadas da sociedade, implica em dar visibilidade a uma questão que envolve diversas dimensões e aspectos contraditórios.Se, por um lado, o ato de utilizar substâncias ditas entorpecentes existe desde os primórdios da humanidade e pode ser visto como um ato de escolha individual, por outro lado o abuso de tais substâncias fez com que o Estado passasse a regrar e proibir o uso de algumas delas, diante dos seus efeitos indesejados junto à coletividade. O avanço na produção de substâncias químicas capazes de promover uma dependência ao seu uso agravou-se recentemente com a proliferação de drogas com alto potencial destrutivo como o crack, um sub-produto da cocaína, cujos efeitos devastadores são assuntos cotidianos nos meios de comunicação de massa diante da violência associada ao seu vício.