A redemocratização, restabelecida em 1946, re-animava a vida política do país depois de um longo pe-ríodo de exceção. No Ceará, organizados os partidos, voltaram as disputas eleitorais com todos os episódios característi-cos, caravanas, comícios, cartazes e cantigas, numa verdadeira festa democrática.  Com o fim da interventoria do dr. Menezes Pi-mentel, houve uma fase de ocupantes eventuais do go-verno até a eleição de Faustino de Albuquerque, em 1947.  Dessa primeira etapa de pleno exercício demo-crático até a vinda do Regime Militar, em 1964, tivemos cinco governadores eleitos, quando se verificou uma equilibrada alternância do poder, comandada pela União Democrática Nacional (UDN) e pelo Partido Social De-mocrático (PSD), com suas respectivas coligações. A partir de 1966, com Plácido Aderaldo Castelo, a eleição de governador passou a ser feita pela Assem-bleia Legislativa, por indicação dos presidentes militares. Quatro governadores chegaram ao poder por via indireta, escolhidos pelos deputados: Plácido Castelo, César Cals, Adauto Bezerra e Virgílio Távora. A restauração da escolha de governadores, pelo voto popular, aconteceu em 1982 e se mantém até os nossos dias, acrescida, desde os anos 90, do instituto da reeleição.