Roberto Mesquita critica modo como recursos do Fecop são aplicados

O deputado Roberto Mesquita (PV) afirmou, na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (20/06), que discorda do modo como o Governo aplica os recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop). Para ele, as ações são pulverizadas e acabam não surtindo o efeito esperado.

Segundo o parlamentar, os R$ 300 milhões anuais deveriam ser destinados aos 30 municípios com os menores índices de desenvolvimento humano. O IDH é composto a partir da expectativa de vida ao nascer, com dados da educação e Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

Mesquita criticou o fato de o Fecop ser distribuído por várias secretarias. “Não podemos imaginar que esse fundo ainda seja distribuído por secretarias, onde os planejamentos não têm o mesmo objeto da criação do fundo. Não discuto o mérito das ações, mas a pulverização dos recursos”, ponderou.

Em aparte, o deputado Professor Pinheiro (PT) disse ter sido conselheiro do Fecop quando estava à frente da Secretaria Estadual da Cultura (Secult). Ele admitiu a necessidade de aperfeiçoamentos serem feitos em relação à aplicação dos recursos. “No entanto, não acredito que tirar das secretarias seja a solução. A primeira dificuldade é você ter mecanismo para avaliar realmente como o recurso alterou a condição de pobreza da comunidade”, comentou.

Já o líder interino do Governo na Casa, deputado Sérgio Aguiar (PSB), assegurou que inúmeras ações do Executivo são realizadas com recursos do Fecop no intuito de reduzir a pobreza no Ceará. Ele citou a distribuição de kits sanitários e construção de quadras poliesportivas. E ressaltou a entrega de pontos do Programa de Saúde da Família (PSF) no Interior. Por fim, argumentou: “já existe bônus para os 50 municípios com menores índices de IDH. Realmente são ações descentralizadas. Como o Estado é muito grande , nem sempre se nota”.
BC/JU