Fernando Hugo alerta para a situação da estiagem no Ceará

O deputado Fernando Hugo (SD) avaliou, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (19/05), a situação da seca no Estado. Segundo ele, a situação é gravíssima, conforme o que divulgou o jornal Diário do Nordeste em manchete nesta terça-feira (19/05).

O parlamentar lembrou que as promessas feitas pelo Governo Federal - como adutoras, poços profundos e açudagem - não foram concretizadas, o que torna a “situação ainda mais preocupante”.

Fernando Hugo lembrou que, durante reuniões com a presidente Dilma Rousseff e ministros no Ceará, já tinha avaliado que os encontros não teriam desdobramentos positivos. “Agora, estamos vendo que nenhuma medida efetiva foi adotada”, criticou. Ele lembrou que o Nordeste sempre tem dado apoio ao Governo Federal, porém não tem recebido contrapartidas em investimentos.

De acordo com o Fernando Hugo, a situação pode ficar crítica no Interior, porque vai faltar “até de onde tirar água”. De acordo com o deputado, a seca já chegou à Região Metropolitana de Fortaleza, com Aquiraz sendo abastecido com carro-pipa. Ele sugeriu que a saída será dessalinizar água do mar.

Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) comentou que a seca no Ceará é muito grave. “O governador sempre tem colocado a situação como prioritária. Várias comunidades vão ficar sem água, porque as chuvas foram insuficientes”, informou.

Ela destacou as obras de transposição do Rio São Francisco e do Cinturão das Águas como de vital importância para resolver o problema. “A saída emergencial será a perfuração de poços profundos e adutoras de engate rápido”, disse.

O deputado João Jaime (DEM) ressaltou que quase tudo que foi prometido ao Ceará não foi cumprido. Ele lembrou que a presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote de investimentos de R$ 800 milhões e nada foi executado. “Esse Governo não tem capacidade de prometer mais nada. Se falarem qualquer coisa, não dá mais para acreditar”, afirmou.

Já o deputado Agenor Neto (PMDB) considerou que os dois grandes problemas do Ceará são a seca e a saúde.  “É preciso destinar todos os recursos do Fundo de Combate à Pobreza (Fecop) prioritariamente para mitigar os efeitos da seca no Estado”, defendeu. Ele informou ainda que o pagamento dos carros-pipa está atrasado, prejudicando ainda mais o abastecimento da população.
JS/GS