Carlomano aponta contradições do PT e diz que partido perdeu apoio social
Por ALECE03/07/2014 17:37
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Durante o segundo expediente da sessão plenária desta quinta-feira (03/07), o deputado Carlomano Marques (PMDB) voltou a fazer críticas contra ao governo petista e reconheceu a presença de “embustes” em seu partido.
O peemedebista afirmou que o Partido dos Trabalhadores chegou ao poder através de cinco instrumentos que hoje não estão mais com o partido: o apoio do Ministério Público, de grande parte da mídia, sindicato, funcionário público e classe média. “O PT hoje está em desespero”, disse. “Por que a razão do decreto dos conselhos, do controle da mídia e da Lei da Mordaça?”, questionou, reafirmando ainda sua posição contrária ao decreto presidencial que institui a Política Nacional de Participação Social.
O deputado frisou ainda que o PT, que sempre foi pregador da moralidade pública, hoje apoia políticos envolvidos em escândalos. Ele citou os conselhos do ex-presidente Lula a Helder Barbalho (PMDB), candidato a governador do Pará em 2014, e filho do senador Jader Barbalho (PMDB), que, em 2002, chegou a ser preso pela Polícia Federal, junto com outras dez pessoas por envolvimento no escândalo da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). “A cena mais cruel que vi foi Lula dizendo: Helder, não tenha vergonha do seu pai, Jader”, citou Carlomano.
O parlamentar também comentou a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) para que os diretores da Petrobras envolvidos na compra da refinaria de Passadena, nos EUA, devolvam aos cofres públicos até US$ 873 milhões. “Uma refinaria ferro velho que a estatal comprou. Vamos colocar esses desastres da Petrobras na cadeia”, disse.
Carlomano, ao ser questionado por um cidadão anônimo que ligou para ele porque não comentava sobre a conduta de peemedebistas, disse que o PMDB tem seus “embustes”, citando Renan Calheiros e Jader Barbalho, mas ressaltou a honradez dos fundadores do partido.E citou a integridade de figuras como o senador Pedro Simon e do ex-governador Paes de Andrade. “Paes de Andrade esteve na convenção, embora sofrido fisicamente, mas mesmo olho brilhante de leveza, de responsabilidade social, de saber que construiu esse Brasil que nós não podemos deixar destruir”, enalteceu.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) contestou as críticas feitas pelo parlamentar ao decreto que institui a política nacional de participação social. “A medida e é vital para aprofundar a democracia, pois amplia a participação social, garante transparência da gestão e possibilita diálogo direto com a população. Não podemos ter medo de instâncias que garantem a participação”, argumentou.
LS/CG
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