Felipe Mota aponta demandas de Encontro de Produtores Rurais

O Encontro de Produtores Rurais no Sertão Central, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), realizado no último fim de semana em Quixeramobim, foi destaque no pronunciamento do deputado Felipe Mota (União). O parlamentar participou do evento e trouxe à tribuna da Assembleia Legislativa, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quinta-feira (11/05), algumas das principais demandas apresentadas pelos produtores da região.

A necessidade de concursos públicos para suprir a demanda de fiscais agropecuários da Agência de Defesa da Agropecuária do Ceará (Adagri) faz parte da lista. Segundo ele, a agência só conta com 91 fiscais para suprir a demanda de todos os rebanhos do Estado, em um momento de cuidado com relação à febre aftosa.

Conforme informou, a China já está deixando de comprar produtos do Brasil por saber de uma única vaca contaminada em um rebanho paraense. “Vamos aproveitar que maio iniciou a campanha contra a febre aftosa e vacinar os animais, para evitar que a doença se alastre e prejudique a produção”.

Outras demandas observadas pelo parlamentar durante o encontro dizem respeito aos sucessivos aumentos da tarifa de energia elétrica, que atingem principalmente os pequenos produtores, e o valor dos grãos, pautado pela bolsa de valores, o que dificulta sua aquisição por parte dos pequenos e médios produtores.

Felipe Mota, no entanto, manifestou especial preocupação com a condição das estradas federais, estaduais e vicinais do Ceará. Segundo ele, na CE-060, é comum caminhões se acumularem perfilados por conta de problemas provocados pelas condições das rodovias. “E estamos falando de uma rodovia que transporta a maior produção hortifrutigranjeira do Estado, do Maciço de Baturité para Fortaleza”, salientou.

Os órgãos responsáveis, segundo ele, devem aproveitar o fim da quadra invernosa e retomar o restauro e medidas de conservação das estradas.

Em aparte, o deputado Sargento Reginauro (União) reforçou que a questão do abastecimento é outro assunto que aflige o produtor rural e que até o momento não se tem informações sobre a transposição do rio São Francisco, “algo que aliviaria os produtores nos períodos de poucas chuvas”. 

“As previsões para 2024 são de chuvas abaixo da média, então os governos precisam desde já pensar e fomentar condições para que o produtor rural garanta sua subsistência pelo seu trabalho”, defendeu.

Edição: Adriana Thomasi