Deputados debatem fortalecimento da cadeia produtiva do leite na ordem do dia

Durante a ordem do dia da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta terça-feira (09/09), foram debatidos pelos parlamentares temas ligados à cadeia produtiva do leite, às operações do Polo Automotivo do Ceará e ao fortalecimento da agricultura e de políticas públicas.

O deputado Felipe Mota (União) ressaltou audiência pública, ocorrida na última segunda-feira (08/09), que debateu os desafios da cadeira produtiva do leite e propôs o estabelecimento de um indexador do preço do insumo no Estado. “Ontem (segunda) foi um dia muito importante para o agronegócio, porque não existia esquerda ou direita, eram todos unidos em prol dos produtores de leite. Essa luta é nossa, e vamos permanecer defendendo as cadeias produtivas e os pequenos e médios produtores”, disse.

Na mesma linha, o deputado De Assis Diniz (PT) também destacou os encaminhamentos da audiência pública realizada pela Comissão de Agropecuária da Alece que tratou dos desafios e das problemáticas encontradas pela cadeia produtiva do leite no Ceará. Entre os principais encaminhamentos, conforme o deputado, “está construir um debate com o governador Elmano, fazer o registro de um laboratório do leite, ampliar a discussão do papel da Embrapa nesse setor, a construção de um centro de difusão de tecnologia, a criação de uma comissão para debater o indexador do preço do leite no Estado”.

O deputado Heitor Férrer (União) assinalou a necessidade de proteger os produtores de leite no Ceará e criticou práticas de empresas que impõem preços baixos aos produtores sem repassar benefícios aos consumidores. “O empresário impõe o preço a quem produz, e nas prateleiras dos supermercados isso não beneficia o consumidor final”, criticou. O parlamentar reforçou o apoio a projeto para a criação do Conselho do Leite, iniciativa do deputado Felipe Mota, como forma de proteger o setor. “Eu quero engrossar as fileiras desse projeto, para que vá adiante e possamos ajudar os que produzem leite no estado do Ceará”, acrescentou.

Já o deputado Guilherme Sampaio (PT) enfatizou o anúncio de que o Polo Automotivo do Ceará vai iniciar as operações para a produção do primeiro modelo de carro 100% elétrico do País, em parceria com a General Motors (GM). “É um marco no desenvolvimento da nossa economia. Vão ser milhares de empregos diretos e indiretos gerados para melhorar a vida do nosso povo”, comemorou.

O deputado Salmito (PSB) celebrou o investimento, que, segundo ele, será o primeiro polo multimarcas do Brasil. “É uma extraordinária conquista para o Ceará, foi uma conquista trabalhada pessoalmente pelo governador Elmano, pessoalmente pelo presidente Lula. Parabéns, governador Elmano, é assim que trabalha e assim que se conquista oportunidades”, exaltou.

Por sua vez, o deputado Stuart Castro (Avante) agradeceu a aprovação, na última semana, de projeto de indicação de autoria dele que cria a unidade de comercialização e transbordo da safra produzida na região do Maciço de Baturité. Segundo o parlamentar, o PI n.º 27/2024 vai “fortalecer e valorizar a agricultura na região”. “Fica o meu clamor ao Governo do Estado que nos ajude a fortalecer a agricultura e pecuária no Maciço, fazendo que o centro fortaleça a região mais anda. Fica meu pedido à Casa Civil do Governo que leve esse benefício à população do Maciço do Baturité”, requereu.

O deputado Léo Suricate (Psol) salientou a necessidade de investir em políticas públicas relacionadas aos conjuntos habitacionais. O parlamentar destacou o conjunto Orgulho do Ceará, em Pacatuba, que não dispõe de aparelhagem pública nos entornos para atender a população. “São mais de mil unidades com famílias sem mobilidade urbana, escolas e demais [políticas públicas]. Outro grande problema é o acúmulo de lixo. É preciso pensar não apenas no conjunto, mas também nas pessoas que precisam de atendimentos”, defendeu.

O deputado, durante seu discurso, frisou ainda a operação da Polícia Federal que descobriu documentos e planejamento que previa o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. “Pediram provas contra o Bolsonaro. Precisa de mais provas?”, questionou.

Edição: Geimison Maia