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Sargento Reginauro ressalta editorial de jornal sobre aumento da violência no Ceará

Por Amanda Andrade*
14/10/2025 11:38 | Atualizado há 29 minutos

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Deputado Sargento Reginauro (União) - Foto: Junior Pio

Durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (14/10), o deputado Sargento Reginauro (União) voltou a tratar da escalada da violência no Estado. Ele destacou reportagem publicada pelo jornal O Povo, no último sábado (11/10), que apontou o segundo dia mais violento do ano, com 17 homicídios registrados em 24 horas. 

O parlamentar lamentou os números da violência e afirmou que o Ceará vive uma realidade alarmante, destacando que, se a situação persistir, o Estado poderá chegar ao ponto de contabilizar mortes por hora. Durante o pronunciamento, ele leu na íntegra o editorial do jornal O Povo, que considerou um texto escrito com “cuidado e coragem em um contexto de liberdade de imprensa limitada”, reforçando que os dados apresentados refletem o agravamento da crise na segurança pública do Estado.

Reginauro afirmou que os dados indicam o que ele chamou de fracasso de um modelo de segurança que, segundo ele, se repete há anos sem resultados efetivos. “É uma contagem macabra, resultado de uma política ruim. O que temos hoje são reproduções de políticas públicas antigas, que apenas tentam aparentar que há segurança, enquanto a criminalidade age livremente”, declarou.

O parlamentar também manifestou solidariedade à família do menino Enzo Gabriel, de quatro anos, morto em Sobral durante uma troca de tiros nesse domingo (12/10). Ele criticou a ausência de representantes do Governo do Estado junto à família e comparou a situação de violência no Ceará a um cenário de guerra. “A Faixa de Gaza é aqui. As execuções estão debaixo das nossas barbas. É vergonhoso que o Governo não reconheça isso”, afirmou.

Em aparte, o deputado Antônio Henrique (PDT) reforçou o apelo, pedindo atenção das autoridades e solidariedade à família da vítima. “Eu pergunto àqueles que defendem os direitos humanos: quantos estiveram em Sobral para levar uma palavra de conforto à mãe dessa criança?", pontuou.

*Estagiária, sob supervisão da orientadora Lusiana Freire

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