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Deputada cobra ação para reduzir fila de espera por cirurgias ortopédicas

Por ALECE
13/06/2012 20:15 | Atualizado há 2 meses

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Comissão de Seguridade Social - Foto: Marcos Moura

A deputada Fernanda Pessoa (PR) cobrou, na tarde, desta quarta-feira (13/06), uma solução urgente do Governo do Estado para o problema da fila de espera por cirurgias traumatológicas com prótese.  A questão foi debatida em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia, com participação de vários especialistas e representantes do Ministério Público.

Fernanda Pessoa, que propôs o debate, disse que “há pacientes que aguardam mais de sete anos na fila do SUS por cirurgias e próteses de joelho e fêmur. É preciso buscar uma solução emergencial para o problema, disse a deputada, que defendeu a criação de uma campanha de educação no trânsito, para reduzir o número de acidentes, principais causadores de traumas e lesões ortopédicas.

O ex-deputado Dr. Pierre (PCdoB) elogiou a iniciativa da parlamentar e ressaltou que o debate com profissionais dos principais centros de ortopedia do Estado é fundamental para buscar uma solução. Ele também destacou a relação entre o aumento do número de acidentes de trânsito e da fila de espera por cirurgias ortopédicas.

O presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia, Ronaldo Silva de Oliveira, informou que cerca de seis mil pessoas aguardam por cirurgias ortopédicas no Ceará. Ele ressaltou que a maioria dos pacientes da fila são idosos e ressaltou a perda de qualidade de vida destes pacientes.

O chefe do setor de traumato-ortopedia do IJF, Robson Alves, também falou dos acidentes de trânsito e afirmou que “quase 50% dos acidentados que chegam ao hospital não têm habilitação, não usam capacete e ingeriram álcool”. Ele defendeu a ampliação de ações de educação para o trânsito e propôs que equipes da AMC atuem na porta de hospitais para identificar e punir quem dirigiu embriagado.

Robson Alves também destacou a falta de profissionais especializados nos hospitais públicos. “O Hospital Geral de Fortaleza (HGF) é bem equipado e tem uma boa estrutura, mas faltam médicos e enfermeiros. Por isso não podemos realizar mais cirurgias”, afirmou.

O chefe do setor de trama do Hospital Universitário, José Alberto Dias Leite lembrou que muitos jovens que sofrem acidentes estão ficando inválidos e a espera por cirurgias tem agravado o custo social do problema. Ele lembrou que uma solução em curto prazo seria reativar unidades de ortopedia que já existem no Estado.
CV/LF

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