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Eliane Novais pede exoneração de presidente do Banco do Nordeste

Por ALECE
20/06/2012 15:59 | Atualizado há 2 meses

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Dep. Eliane Novais (PSB) - Foto: Paulo Rocha

A deputada Eliane Novais (PSB) pediu, em pronunciamento nesta quarta-feira (20/06) na Assembleia Legislativa, a exoneração do presidente do Banco do Nordeste, Jurandir Santiago.  Para ela, são graves as denúncias sobre o episódio dos kits sanitários, quando teriam sido desviadas quantias superiores a R$ 2 milhões, notadamente no município de Ipu.

Eliane Novais disse que tomou conhecimento de declaração do procurador do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Oziel Pereira, considerando o caso do desvio no município de Ipu como o “mais escabroso”. Segundo ela, parte do dinheiro desviado teria sido depositada em conta bancária de um estabelecimento comercial de Jurandir Santiago.

“Houve ainda a jocosa a justificativa de que 254 kits sanitários tinham sido levados pela enxurrada de 2010. A desculpa esfarrapada não tem nenhuma sustentação. Os conselheiros do TCE, Alexandre Figueiredo e Soraya Victor, que apreciaram as contas do Ipu confirmaram que não ocorreu nenhuma chuva forte a esse ponto naquele ano. O erário público foi aviltado”, observou.

A deputada explicou ainda que, antes do início da construção de qualquer banheiro, todos os recursos já tinham sido liberados e nada foi construído até hoje. Por isso, conforme revelou, o conselheiro Alexandre Figueiredo pediu que as peças dos autos fossem remetidas ao Ministério Público. “Essa providência era resposta mínima que se poderia dar a sociedade, diante do atraso na apuração dos fotos”, frisou a deputada.

Eliane Novais observou ainda que, além do Banco do Nordeste, um crime de peculato na Caixa Econômica do Ceará está sendo investigado, envolvendo o episódio dos kits sanitários. “É uma vergonha. Colocaram na lama, o sistema bancário, onde as pessoas precisam ter conduta ilibada. Na agência 2183, foi criada uma conta em nome de Sérgio Barbosa de Sousa, para emitir títulos e receber cobrança, que está sendo usada para lavar dinheiro público.”
 
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) lembrou que, na época da eclosão do caso dos kits sanitários, foi sugerida uma audiência pública na AL, mas o debate não ocorreu.  “Talvez a coisa não tivesse chegado a essa profundidade". Para ele, faltou o contato entre o Governo e suas lideranças.  O tucano recomendou “ao Governo que vasculhe outras secretarias, porque outros escândalos poderiam estar em marcha”.

O deputado Heitor Férrer disse que é bom fazer distinção entre os casos noticiados. “O episódio dos kits não tem a ver com o Banco. Jurandir Santiago era secretário adjunto das Cidades. O caso dos kits foi pura irresponsabilidade de colaboradores do Executivo, que agora respinga no Governador. Quando liberaram milhões não tiveram a responsabilidade de acompanhar a entrega dos banheiros”, pontuou.
JS/AT

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