Hamatologista diz que serviço de transplante de medula necessita de recursos
Por ALECE14/06/2012 13:30 | Atualizado há 2 meses
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A Comissão de Seguridade Social e Saúde, presidida pelo deputado Carlomano Marques (PMDB), realizou nesta quinta-feira (14/06) debate sobre a questão dos transplantes de medula realizados no Ceará. O fórum reuniu representantes do Hemoce, Universidade Federal do Ceará e Hospital Universitário Walter Cantídio. O hematologista Fernando Barroso Duarte, chefe do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Banco de Cordão Umbilical e Placenta do Hemoce, disse em sua exposição que, para melhorar o atendimento à população, serão necessários pelo menos mais dois leitos e um serviço de filtragem de ar.
No Ceará, segundo observou, os transplantes iniciaram em 26 de setembro de 2008 e até agora ocorreram 51 procedimentos, com 48 pacientes vivos,“o que demonstra estatisticamente a resolutividade dos transplantes realizados”. Contudo, no momento, só há dois leitos para atender os pacientes. “Quando estamos com um homem internado não podemos receber uma mulher, porque só temos um banheiro”, observou.
Fernando Duarte também defendeu urgência na instalação de um filtro de ar, por conta das infecções fúngicas, que podem prejudicar todo o procedimento cirúrgico. Ele acentuou que a medicação necessária para combater as infecções é tão cara que onera sobremaneira os procedimentos. O filtro em pouco tempo se transformaria em uma grande economia, conforme avaliou.
De acordo com o médico do Hemoce, há uma grande concentração de unidades de transplantes localizadas em São Paulo. Lá funcionam 25, enquanto o Nordeste possui três unidades, e duas estão localizadas na região Sul. O restante do País está totalmente descoberto, segundo dados apresentados.
O presidente da Comissão, deputado Carlomano Marques, assinalou que há três alternativas para o atendimento da demanda. Recursos da Secretaria da Saúde do Estado, do Ministério da Saúde, ou emendas ao orçamento apresentadas pelos deputados. Segundo ele, a terceira alternativa poderia assegurar R$ 1 milhão para o setor de transplantes, se 20 deputados se comprometessem com R$ 50 mil, cada. A alternativa do Ministério da Saúde também é bastante plausível, de acordo com Carlomano Marques, mas necessitaria de um projeto elaborado de bastante paciência e persistência.
Segundo o deputado, o Instituto Brasileiro de Pesquisas Científicas, Organização Social Civil de Interesse Público (Oscip) que gerencia os transplantes de medula óssea e células tronco, a partir do sangue de cordões umbilicais, estaria legalmente habilitada a receber recursos orçamentários do Governo do Estado.
JS/AT
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