Sargento Reginauro avalia dados da segurança pública do Ceará e cobra medidas do Governo
Por Gleydson Silva05/02/2025 12:09 | Atualizado há 2 meses
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O deputado Sargento Reginauro (União) avaliou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, nesta quarta-feira (05/02), os números da segurança pública do Estado e cobrou ações do Governo para o combate ao crime.
O parlamentar questionou a “suposta redução da violência no Estado”. Segundo ele, o governador Elmano de Freitas teria afirmado publicamente estar “insatisfeito com os números da segurança pública”, mas teria apontado para uma redução da violência.
“O governador fala de uma redução que aconteceu no mês de janeiro de 2025, comparado a janeiro de 2024. Mas o que o governador Elmano esqueceu de assumir, quando disse que está insatisfeito, é que o ano de 2024, segundo ano do seu mandato, comparado a 2023, primeiro ano da sua gestão, teve um aumento de 10% no número de homicídios, levando o Ceará a esse patamar absurdo de segundo estado com maior número de homicídios do Brasil. Esse é o debate que tem que ser feito”, alertou o deputado.
Sargento Reginauro observou que, enquanto o Brasil teve uma redução de 16%, o Ceará teve aumento de 10% na violência. “Como pode São Paulo, berço de uma das maiores facções criminosas do País, ter um número de aproximadamente seis homicídios para cada 100 mil habitantes, quando o Ceará já está em um patamar seis vezes maior?”, indagou.
O uso de novas tecnologias na segurança pública também foi cobrado pelo deputado. Segundo ele, equipar os estádios com câmeras de reconhecimento facial é uma medida importante, no entanto, é preciso utilizar a tecnologia também nas ruas. “O projeto de videomonitoramento para o Ceará está protocolado desde fevereiro de 2023. Não tramitou nesta Casa. Disseram que não poderia ser feito como projeto de lei. Protocolei como projeto de indicação. Aí o senhor quer colocar câmera no Castelão. Parabéns, é necessário. Mas o problema de segurança não é só no Castelão”, ponderou.
O deputado cobrou ainda que o Estado coloque em prática uma lei aprovada na Alece que repassa valores para os próprios policiais e bombeiros militares comprarem os fardamentos, além de mudar o calibre do armamento utilizado pelos agentes de segurança.
“Os policiais são recebidos em comunidades com bala de grosso calibre, como fuzil, e os policiais continuam atirando de pistola. As armas de grosso calibre se contam nos dedos. Mas se não consegue dar o mínimo, que é a farda, imagine a arma de grosso calibre”, disse.
Edição: Vandecy Dourado
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