Queiroz Filho avalia contas públicas do Estado e aponta necessidade de melhorar investimentos

O deputado Queiroz Filho (PDT) avaliou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (06/02), o cenário das contas públicas do Governo Estadual e a necessidade de tornar os investimentos mais eficientes, atendendo as demandas da população.

O parlamentar citou um artigo do ex-presidente do Banco do Nordeste (BNB) Marcos Holanda, no qual ele aponta que, nos últimos dois anos, a receita do Estado cresceu 19%, ao mesmo tempo em que a despesa cresceu 30%. Apesar do acréscimo nos investimentos do Governo, “é preciso investir bem”, conforme o deputado. “Hoje temos um belo investimento do VLT, de R$ 3 bilhões, mas que não suporta nem metade da população de Fortaleza. Então, tem que melhor explorar os investimentos aqui no Ceará”, disse.

Queiroz Filho observou ainda que o Governo realizou cerca de 14 empréstimos nos últimos anos. Segundo ele, alguns desses empréstimos são voltados para custeio da máquina pública, e não para novos investimentos. “Ano passado foram pagos R$ 3 bilhões somente em amortização e pagamento da dívida pública, ao passo que, por exemplo, para colocar o hospital da Uece para funcionar integralmente, há uma conta de R$ 900 milhões. Então, só o que foi pago de juros e pagamento da dívida ano passado daria para custear três hospitais da Uece, que por sinal não foi nem inaugurado”, pontuou.

O deputado cobrou ainda que o Estado dê mais atenção à educação pública, referência no País, para os números conquistados “não irem por água abaixo”. “A merenda escolar já foi criticada em anos anteriores. Agora, nem para começarem as aulas no dia certo conseguiram. É uma incapacidade administrativa muito grande. Foi dito que ontem que ia começar. Além da desorganização do processo de contratação dos professores temporários”, alertou.

O deputado Sargento Reginauro (União), em aparte, cobrou ações do Estado na área da segurança pública e no combate ao crime organizado. “Já tivemos toque de recolher fechando todo o comércio do Pirambu, comerciante morto dentro do próprio comércio porque não pagou propina, agora a internet e o gás. O modelo que surgiu lá nos morros do Rio de Janeiro está aqui, e com muito mais força”, ressaltou.

Edição: Lusiana Freire