Acrísio Sena defende letramento digital diante do avanço da IA no mercado de trabalho
Por Gleydson Silva01/10/2025 11:27 | Atualizado há 2 dias
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O deputado Acrísio Sena (PT) defendeu, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (1º/10), o letramento digital diante do avanço da inteligência artificial (IA) no mundo do trabalho e como a qualificação digital é um diferencial para o crescimento profissional.
Na avaliação do parlamentar, a inteligência artificial é um “caminho sem volta”, principalmente no âmbito profissional. Ainda conforme ele, nas próximas décadas, profissões vão desaparecer, enquanto outras serão “hipervalorizadas, a depender de quem utilizar as ferramentas digitais, do ponto de vista do processo de ensino e aprendizagem do mundo do trabalho”.
Acrísio Sena relatou que, durante a jornada de seminários sobre letramento digital, na última semana, em Quixeramobim, um participante indagou como a IA poderia ajudar em conhecimentos sobre pintura, gessaria e soldagem. O próprio deputado repassou a pergunta para uma ferramenta de inteligência artificial, que respondeu que pode criar roteiros de estudo adaptados ao nível do aluno, fazer simulações em 3D para treinar a pintura antes de ir para a prática, sugestões de materiais e insumos, diagnósticos de problemas nos serviços e outros.
“Imagine o alcance disso. Apesar de tudo isso, jamais a inteligência artificial vai superar a inteligência natural. Claro que ela consegue otimizar uma parte que levaríamos muitos anos para equacionar determinadas equações, mas ela sempre será um reflexo do que nós fazemos e ela não faz, pois o trabalho é de natureza humana”, disse o parlamentar.
O deputado Guilherme Sampaio (PT), em aparte, reiterou a importância da qualificação da população sobre a inteligência artificial e destacou o “I Seminário Inteligência Artificial com Direitos Sociais”, organizado por vários movimentos sociais do Ceará. “Essa tecnologia nos permite dar saltos significativos na qualidade de vida no trabalho. É a isso que deve servir essa tecnologia”, observou.
Já o deputado Queiroz Filho (PDT) defendeu a regulamentação da inteligência artificial, observando diretrizes e normas que precisam ser cumpridas. “Em caso de mau uso, alguém precisa ser responsabilizado. A gente não vai responsabilizar uma máquina, mas precisa haver um humano que possa ser responsabilizado, eventualmente, em caso de uso incorreto”, ponderou.
Edição: Lusiana Freire
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