Ordem do Dia

Roseno lamenta número de suicídios entre servidores da segurança pública

Por Guilherme de Andrade
21/11/2024 15:04 | Atualizado há 4 meses

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Dep. Renato Roseno ( PSOL ) - Foto: Dário Gabriel

O deputado Renato Roseno (Psol), durante o tempo de explicações pessoais da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quinta-feira (21/11), lamentou o alto número de suicídios de servidores da segurança pública, sejam civis ou militares. Para embasar a fala, o parlamentar comparou o número de mortes desse tipo com o de vitimização em confronto. 

“Cometeu suicídio o 12º policial militar neste ano no estado do Ceará. Foram nove na ativa e três na reserva. No ano passado, o número de policiais mortos por suicídio superou o número de vitimização em confronto. Ou seja, hoje a principal causa externa que vitimiza os servidores da segurança pública é o suicídio”, lamentou Roseno. 

Renato trouxe também uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que lista os principais motivos que levam o servidor ao suicídio, sendo eles: “alta exposição ao estresse; alta exigência por produtividade; uma rotina estafante; às vezes, o contato com o uso abusivo de álcool e outros psicoativos; a falta de preparação para a reserva e, às vezes, o pouco espaço para o cuidado desse trabalhador”.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Alece, Renato Roseno afirmou que estão “atentos, vigilantes e em ação para promover ações de saúde mental para os servidores". Ele informou que assinou hoje um conjunto de expedientes para tentar tratar do aspecto da saúde mental, além de prestar solidariedade à família do policial militar e de toda a tropa. 

“Trago aqui, basicamente, o registro de informação para dar conta à tropa, que eu sei que fica extremamente abalada, e a nossa solidariedade e nossas condolências para a família. Eu estou assinando hoje um conjunto de expedientes para tratarmos desse aspecto da saúde mental. Estou recuperando os compromissos feitos em 2023, no sentido de que se possa avançar concretamente nesse cuidado”, ressaltou. 

Edição: Clara Guimarães

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