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Hermínio lamenta desaprovação das contas do ex-prefeito de Maracanaú

Por ALECE
05/07/2012 15:21

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Dep. Herminio Resende (PSL) - Foto: Paulo Rocha

O deputado Hermínio Resende (PSL) lamentou nesta quinta-feira (05/07), em sessão plenária, desaprovação ontem, pela Câmara Municipal de Maracanaú, das contas do ex-prefeito do município Júlio César Lima, referentes ao seu mandato de 14 anos atrás. Segundo ele, as contas de 1998 já tinham sido aprovadas por unanimidade em 2001 pelo Legislativo daquele município, “porque não viram nada de errado que justificasse a desaprovação”.

O parlamentar levantou a hipótese de que a votação das contas teria sido uma manobra politiqueira, “que atribuo ao desespero que hoje está levando os vereadores da situação em relação à candidatura que é oposição”. “É lamentável isso que está acontecendo nas Câmaras Municipais”, disse.

Resende, que à época era vice-prefeito de Júlio César, avaliou como mais grave na decisão o fato de o presidente da Casa, que se encontra em recesso parlamentar, “ter convocado uma sessão extraordinária para empossar um vereador e não para julgar conta”. “E na hora um vereador fez uma solicitação verbal para se colocar em pauta as contas”, criticou.

O deputado explicou quais os procedimentos que levaram as contas a serem questionadas, reconhecendo que foram dois equívocos sanados. Um deles, lembrou ele, foi quando o prefeito Júlio César optou por não fazer a antecipação orçamentária para poder pagar o 13º salários dos funcionários, o que levou a geração de multa de R$ 1.064. “Nós pagamos em janeiro, portanto ficamos livres”, esclareceu.

O segundo equívoco, conforme ele, teria sido a contratação de três corretoras para vender as ações da Coelce do município de Maracanaú no valor de R$ 8 mil e a prefeitura contratou por R$ 9,3 mil. “O TCM observou e gerou uma multa de R$ 1.064 e nós pagamos. Portanto não teve desvio, foi um erro, um equivoco”, avaliou.

Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR) esclareceu que as contas aprovadas pela Câmara de Municipal foram de governo e não de gestão. A parlamentar explicou que o Legislativo de Maracanaú teria recebido um documento do Ministério Público e do Tribunal de Contas dando conta da desaprovação e que, portanto, o presidente tinha urgência em votar. “ E na hora  da posse do vereador estavam quase todos os parlamentares”, argumentou.  

O deputado Heitor Férrer (PDT), em aparte, lamentou que “depois de 14 anos ainda tenha conta pendente de julgamento”.  
LS/CG

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