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Junho Ambiental da Alece começa com painel sobre poluição plástica

Por Júlio Sonsol - Comunicação Interna
05/06/2025 16:47 | Atualizado há 22 horas

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Abertura do Junho Ambiental da Alece - Foto: José Leomar

No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (05/06), a Alece realizou a abertura da programação do Junho Ambiental, que tem por objetivo conscientizar sobre as boas práticas de preservação ambiental e, principalmente, sobre a eliminação da poluição global por plásticos. As ações são promovidas pelo Comitê de Responsabilidade Social, por meio da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental. 

A atividade, realizada no Complexo de Comissões Técnicas, foi aberta pelo primeiro-secretário da Casa, deputado De Assis Martins (PT), e teve a participação da primeira-dama Tainah Marinho e dos deputados Bruno Pedrosa (PT), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, e Acrísio Sena (PT). 

Na oportunidade, foi realizado o painel “Eliminando a Poluição Plástica: Inovação, Consciência e Ação”, com especialistas sobre a temática, e abordagem sobre a preservação ambiental e o controle sobre produção, uso e descarte de plásticos. Também foi lançada a campanha “Moda Circular, Caminhos da Sustentabilidade”. 

Primeiro-secretário da Alece, deputado De Assis Diniz, reforça praticas de sustentabilidade. Foto: José Leomar

De Assis Diniz, que também estava representando o presidente da Casa, deputado Romeu Aldigueri (PSB), salientou que o Junho Ambiental vem reforçar as práticas de sustentabilidade já postas em prática pela Alece, destacando a importância da conscientização de todos na preservação do meio ambiente. 

O deputado apontou que é muito comum que as pessoas, mesmo sem perceber, contribuam para a poluição com pequenas atitudes, como arremessar um copo plástico em um via de trânsito das pequenas, médias e grandes cidades. "Por isso, esse momento é tão oportuno e nós queremos refletir, não só um dia, mas durante todo o mês, com painéis, com debates e discussões para dar nossa contribuição", disse. 

Ele ressaltou ainda que o meio ambiente é coletivo e todos sofrem com as consequências diretas da poluição ambiental. O primeiro-secretário lembrou que foram percebidos recentemente os efeitos deletérios das mudanças do clima com fenômenos severos no Rio Grande do Sul, que sofreu com enchentes, e no Ceará, que teve este ano um período invernoso com chuvas abaixo da média, em 60% do seu território.

Avanços

O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, deputado Bruno Pedrosa, frisou que a Alece tem alcançado avanços nos últimos anos no trato da questão ambiental, destacando a gestão do presidente Romeu Aldigueri. "Nosso presidente é um especialista no assunto, como ex-presidente do Ibama, ex-titular da Semace, portanto, um conhecedor com profundidade dos temas relacionados ao meio ambiente", disse. 

O parlamentar elencou projetos aprovados pela Alece que contribuem com o tema, como o que trata da questão da área de zoneamento costeiro em todo o Ceará, com mais de 30 municípios contemplados, em 573 km de extensão de praias e o que regulamenta as agências municipais do meio ambiente. 

Deputado Bruno Pedrosa ressalta aprovação da lei do zoneamento costeiro do Ceará. Foto: José Leomar

"Tudo isso vai convergindo para que nós tenhamos cada vez mais a proteção do meio ambiente, tendo como prioridade o desenvolvimento sustentável. A presidência da Comissão está totalmente à disposição do povo cearense para que nós possamos construir, cada vez mais, pautas relevantes, envolvendo, inclusive, a questão do uso e descarte do plástico, que é uma preocupação de todos". 

Painel temático

Durante o painel “Eliminando a Poluição Plástica: Inovação, Consciência e Ação”, a oceanógrafa Tamyris Pegado apresentou os impactos que o plástico causa no ambiente e um estudo de caso sobre a poluição no litoral brasileiro, publicado em revista científica, que apontou que a Praia de Iracema, em Fortaleza, é a que têm mais resíduos plásticos. 

Segundo ela, que é mestre em Biodiversidade e Conservação e doutora em Ecologia Aquática e Pesca pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é essencial entender a questão por meio dos dados científicos que podem gerar uma base consolidada para que os tomadores de decisões façam as escolhas adequadas. 

"A preservação do ambiente é uma decisão de um todo. A grande problemática é também a produção do plástico, a demanda. E não deveriam ser responsabilizados só os consumidores. Nós temos que fazer a nossa parte obviamente, reduzir, reciclar, reutilizar, mas as grandes empresas também precisam", disse. 

Foto: José Leomar

A advogada e oceanógrafa Cecília Perdigão abordou o Tratado Global da Poluição Plástica da Organização das Nações Unidas (ONU), que é um instrumento que tem sido desenvolvido internacionalmente para tentar definir o ciclo de vida do plástico, abordando medidas que vão além do gerenciamento do resíduo sólido no final da cadeia.

"Dentro desse contexto de se trabalhar a eliminação da poluição por plásticos, é necessário que não seja focado somente na responsabilidade do consumidor, mas que também traga o panorama do produtor e do comerciante do plástico", reiterou a mestra em Ciências Marinhas Tropicais pela Universidade Federal do Ceará. 

Segundo ela, essa responsabilidade está sendo discutida porque o uso alguns objetos descartáveis do cotidiano precisa ser eliminado gradualmente, sob pena de a degradação se tornar irreversível. 

O presidente do Instituto Verdeluz, Carlos Tavares, apresentou, durante o painel, a entidade, criada em 2013 a partir de um projeto de extensão do curso de Direito da UFC com principal objetivo de colocar em prática o conceito de sustentabilidade. Segundo ele, mais de 30 projetos foram implementados desde então e mais de 500 voluntárias e voluntários passaram pela organização. 

Uma das rotinas do Instituto é a coleta de objetos plásticos e outros descartáveis no litoral, citou. A ação tem muito mais o objetivo de conscientização da população do que de manter as praias limpas. "A gente limpa em um dia, no outro, já há sujeira novamente. Portanto, é preciso, antes de tudo, conscientizar a população", avaliou.

Educação ambiental

A abertura do Junho Ambiental foi acompanhada por estudantes da Escola Municipal João Frederico Ferreira Gomes, do bairro Genibaú e da Escola de Ensino Médio de Tempo Integral Aurélio Câmara, do bairro Vila União.  

Foto: José Leomar

A professora de História da escola Aurélio Câmara, Virgínia Pena, considerou importantíssima para os alunos a participação em eventos que abordam a preservação ambiental. "Essas palestras reforçam o que eles passaram semanas estudando. Com certeza, todos ampliaram ainda mais os conhecimentos. Assim eles terão uma maior noção de sustentabilidade e de preservação do meio ambiente", comentou. 

Moda circular 

A campanha “Moda Circular, Caminhos da Sustentabilidade” é uma iniciativa que faz parte da programação do Junho Ambiental da Alece e vai realizar o recolhimento de roupas, calçados e bolsas durante o mês com pontos de coleta na Casa. Posteriormente, os materiais serão doados a instituições. A ação é uma parceria da Célula de Fomento e Empreendedorismo Social do Comitê de Responsabilidade Social

Amanda Melo, articuladora do comitê, explicou que a programação do Junho Ambiental será voltado para o desenvolvimento de ações de meio ambiente, sustentabilidade com ações integradas das demais células do órgão, como a Célula de Saúde e Segurança do Trabalho e de Saúde Mental. "É um mês completamente voltado para ações nessa temática, afirmando e reafirmando nossos compromissos como Casa Legislativa sustentável e aberta para o povo cearense". 

Confiram aqui a programação do Junho ambiental 

Edição: Samaisa dos Anjos/Clara Guimarães

 

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