Ordem do Dia

Parlamentares abordam acesso a moradia, segurança pública e jornada de trabalho em pronunciamentos

Por Lincoln Vieira, Guilherme de Andrade e Gleydson Silva.
10/09/2025 13:38 | Atualizado há 2 horas

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Deputados durante a sessão plenária desta quarta-feira (10/09) - Foto: José Leomar / Alece

Durante a ordem do dia da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (10/09), foram debatidos pelos parlamentares temas ligados ao reconhecimento da cerâmica com patrimônio histórico e cultural do Ceará, bem como o acesso a moradia, jornada de trabalho e segurança pública.

O deputado Bruno Pedrosa (PT) agradeceu a aprovação do projeto de lei de autoria dele que reconhece a tradicional produção artesanal da Comunidade da Alegria, localizada em Ipu, como Patrimônio Histórico e Cultural do Ceará. Segundo ele, a aprovação do projeto de lei n.º 421/25 valoriza a tradição do município. “A produção da cerâmica é artesanal, com barro de riachos próximos à comunidade. É uma tradição que vem de décadas, talvez com 100 anos, e vem valorizar as nossas tradições, o nosso povo ipuense, um povo trabalhador e mostrar a importância econômica e social que a cerâmica tem para a cidade”, celebrou. 

Já o deputado Léo Suricate (Psol) defendeu acesso a moradia para a população carente ou de áreas de risco, mas cobrou que os conjuntos habitacionais sejam providos de serviços públicos, como unidades de saúde, escolas, transporte e coleta de lixo. Na avaliação dele, falta ordenamento e planejamento para esse tipo de moradia. “Se o Estado não fizer o papel dele, olhando para a vida dessas pessoas, se só pensar em jogá-las lá dentro e pronto, esses lugares vão virar bolsões de miséria. Eu moro em um conjunto habitacional e conheço a dificuldade de as pessoas acessarem serviços essenciais”, avaliou.

Após denunciar o comandante da Polícia Militar do 28º Batalhão de Camocim por abuso de poder, ao escalar policiais militares para trabalhar por 12 horas em motocicleta, o deputado Sargento Reginauro (União) voltou a criticar o comportamento. “Ele mudou a escala, mudou para seis horas. Mas fez algo que eu só posso considerar como assédio. O policial militar está ficando seis horas na moto e, após esse expediente na moto, ele tem que assumir mais seis horas dentro do quartel”, informou.

Além disso, Sargento Reginauro se atentou para o caso de uma fisioterapeuta que foi abusada e agredida no município de Várzea Alegre e pediu o afastamento do ex-companheiro, que é vereador na cidade, do mandato público. “Parece que ele foi expulso do partido, mas está no mandato. Acusado de violência e armado, contra a companheira. Um homem desse não pode estar no mandato de vereador. A Câmara Municipal de Várzea Alegre precisa adotar, urgente, medidas para que esse homem saia da vida pública”, defendeu. 

Por sua vez, o deputado David Vasconcelos (PL) comentou sobre o temor da população cearense com relação à segurança pública. O deputado revelou que recebe mensagens de cidadãos relatando que “não suportam mais esse terror”. Por isso, ele pediu a união entre a oposição e a situação para conseguir combater esse mal no Estado. “Vamos fazer uma audiência pública, vamos entender onde estão os erros, os acertos e os problemas”, sugeriu. 

Edição: Geimison Maia

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