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Carlomano Marques critica artigo de ex-ministro da Fazenda

Por ALECE
07/02/2012 03:00

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Dep. Carlomano Marques (PMDB) - Foto: Paulo Rocha

 

O vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Carlomano Marques (PMDB), rebateu, na sessão plenária desta terça-feira (07/02), artigo assinado pelo ex-ministro da Fazenda, Maílson Ferreira da Nóbrega, na revista "Veja" desta semana. No texto, ele critica a limitação em cinco mil hectares a compra de glebas por empresas brasileiras de capital estrangeiro, por tratar-se de uma medida “demodê”. A restrição existe desde 2010.

Para o peemedebista, a análise é equivocada. “Ele erra completamente, defende o indefensável. Por que, hoje, o Brasil é considerado o país mais brilhante dos países ditos emergentes? Porque temos, simplesmente, a maior fronteira agrícola, o melhor e mais profundo solo, mais de uma Alemanha agricultável, etc.”, listou.

Carlomano discordou do argumento do ex-ministro de que não se trata de um assunto de garantia da soberania nacional. “Eu pergunto: o pré-sal não é soberania nacional? E os aquíferos não fazem parte da soberania nacional?”, ponderou. O parlamentar chegou a classificar a restrição em cinco mil hectares como “coisa demais”. E explicou: “já pensou se a China fizesse um verdadeiro cartel de empresas agrícolas para comprar uma banda do Pará. Comprava? Comprava porque tem liquidez”.

Na avaliação do vice-líder governista, elevar esse valor ou mesmo derrubar a limitação será o mesmo que entregar as riquezas naturais do País nas mãos de outras nações. Ele disse ter dúvidas de que o artigo tenha sido mesmo escrito por Maílson da Nóbrega. “Não podemos deixar que maus brasileiros montem dezenas e dezenas de empresas agrícolas com capital chinês, por exemplo, e comprem aqui uma banda dessas terras ditas, por ele, Maílson, como completamente sem serventia social”, encerrou.
BC/AT

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