Reginauro lamenta absolvição de réus acusados da morte de dois policiais
Por Lincoln Vieira17/12/2024 12:30 | Atualizado há 2 meses
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O deputado Sargento Reginauro (União) lamentou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (17/12), a absolvição pelo júri popular de dois réus acusados de matar três policiais militares, em Quixadá
De acordo com o parlamentar, a ocorrência, transcorrida em 2016, é uma das piores da história da segurança pública no Ceará. O parlamentar lembrou que, na ocasião, três policiais militares foram mortos de forma brutal, em confronto com assaltantes. Reginauro lamentou a falta de assistência do Estado aos familiares das vítimas.
“Quem prestou todo o apoio às famílias foram as associações que há pouco tempo estavam sendo investigadas por CPI eleitoreira na Alece para desgastar lideranças políticas dos militares do Ceará. É lamentável que as famílias fiquem sem o amparo do Estado”, ressaltou.
Sargento Reginauro elencou as diferenças da chacina do Curió, que deixou 11 mortos, em 2015, com o crime em Quixadá em 2016. Para ele, a chacina do Curió contou com o apoio de “forças políticas” para condenar os indiciados.
“A diferença é que em um, os acusados eram policiais e em outro os acusados eram criminosos que verdadeiramente vivem do crime, afrontam as leis, o estado e tiram a vida de três policiais militares”, avaliou.
O deputado salientou que o Brasil tem se tornado “inimigos de policiais”. Reginauro questionou ainda a motivação dos agentes de segurança para atuar em defesa da população. “Como nós queremos que o policial militar se sinta disposto a enfrentar essa guerra em nome da população quando tem a justiça agindo contra ele, na defesa do criminoso? Qual a motivação que os policiais militares, penais, civis têm para continuar?”, indagou.
O parlamentar criticou ainda o tratamento do Governo do Estado junto aos policiais, e disse que os agentes de segurança não contam com apoio do Estado. “As famílias do Curió foram indenizadas pelo estado nessa gestão em até R$ 120 mil, já a de um policial militar com muito esforço receberá R$ 20 ou 25 mil. Isso mostra o valor que o Estado dá aos policiais, não haverá político, magistrado, jornalista preocupados com sua vida, a não ser você e sua família”, alertou.
Edição: Clara Guimarães
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