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Antônio Henrique cobra execução de políticas para crianças com TEA no Ceará

Por Gleydson Silva
02/04/2025 12:23 | Atualizado há 2 meses

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Deputado Antônio Henrique (PDT) - Foto: Júnior Pio

O deputado Antônio Henrique (PDT) cobrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (02/04), que o Governo do Estado execute as políticas públicas voltadas para crianças com transtorno do espectro autista (TEA) no Ceará. Como lembrou o deputado, neste 2 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

De acordo com o parlamentar, o governador Elmano de Freitas chegou a anunciar a criação de centros regionais para crianças com TEA, com investimentos de até R$ 70 milhões. “Estamos em abril de 2025, o governador assumiu em janeiro de 2023, e estamos com dois anos e quatro meses dessa gestão. A pergunta que faço é: qual a política que foi implementada no Ceará para as crianças autistas e as famílias que precisam desse atendimento?”, questionou.

Para comemorar a data de conscientização, na avaliação do deputado, é preciso ter ações em andamento que justifiquem essa celebração, o que, na visão dele, não está acontecendo. “A minha fala hoje é de solidariedade para as famílias que têm TEA e precisam desse cuidado necessário e especial, que as auxiliem a ter a dignidade de viver em sociedade”, pontuou.

Antônio Henrique criticou também o corte de verbas para comunidades terapêuticas para dependentes químicos, inclusive o que tem previsão no orçamento nacional, conforme notícias na imprensa nacional. Segundo ele, o Plano Plurianual (PPA) de 2024 a 2027 aponta para uma redução de R$ 223,2 milhões para R$ 177,7 milhões, corte de aproximadamente 45,5 milhões.

“Vocês acham que o consumo de drogas diminuiu? Que o número de jovens que usam drogas também? Que menos jovens precisam de ajuda de comunidades terapêuticas?”, indagou.

O parlamentar observou que o custo de uma vaga para um jovem fazer um tratamento em uma comunidade terapêutica é estimado em R$ 1.100. Já o gasto do Estado para um presidiário é de R$ 4.300. “O Governo Federal, pelo visto, não acredita - ou não valoriza - no trabalho desenvolvido por essas comunidades terapêuticas. Elas que trabalham, muitas vezes, sem estrutura e sem as condições mínimas. Mas o Governo, ao invés de aumentar o repasse, fez foi retirar ainda mais”, constatou.

O deputado Sargento Reginauro (União) lamentou as dificuldades da população em ter acesso ao atendimento médico em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que deveria ter atendimentos rápidos, mas existem pessoas passando mais tempo que o necessário nessas unidades. “É criminoso e desumano o que a nossa população está passando”, disse.
 

Edição: Vandecy Dourado

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