Cláudio Pinho critica proposta que reserva hospital para militares estaduais
Por Luciana Meneses14/05/2025 11:57 | Atualizado há 2 meses
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O deputado Cláudio Pinho (PDT) voltou a criticar, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (14/05), a proposta do Governo do Estado que reserva os atendimentos no Hospital e Maternidade da Polícia Militar do Ceará José Martiniano de Alencar para uso exclusivo de militares estaduais no Ceará.
Na visão do parlamentar, tornar o hospital com atendimento exclusivo para policiais e bombeiros militares prejudicaria a população em geral, além de não oferecer o serviço de emergência. “Se o policial for baleado ou sofrer acidente, será direcionado para os hospitais de grande porte. Então, para que essa angústia de transferir esse hospital? Leitos que deveriam ser ocupados pela população. Não faz sentido”, reclamou.
Outra observação do deputado, em relação ao projeto de lei n.° 39/25, foi a presença de um artigo que retira a obrigatoriedade de exame toxicológico para promoção de policiais. “Não estou dizendo aqui que todos os policiais são usuários de algo ilícito, mas certificar-nos disso é de extrema necessidade, pois como um profissional que não está em seu estado normal pode portar uma arma e fazer a defesa de qualquer pessoa? Me estranha o Governo ser a favor disso, inclusive o próprio Ministério Público está cobrando uma explicação”, alertou.
Cláudio Pinho trouxe ainda denúncias de supostas obras paralisadas no município de São Gonçalo do Amarante. “Várias obras paradas ou sequer iniciadas após empréstimo de R$ 100 milhões para execução. São areninhas, praças, creches e postos de saúde que não são concluídos. Enquanto isso, já se fala num novo empréstimo de R$ 200 milhões. É um absurdo”, avaliou.
Em aparte, o deputado Missias Dias (PT) esclareceu que o Hospital José Martiniano de Alencar continuará atendendo à população. Ele afirmou ainda que, sobre a questão da não obrigatoriedade do exame toxicológico, caso qualquer dependência seja detectada, o profissional será encaminhado para tratamento.
O deputado Queiroz Filho (PDT) lembrou que, além da necessidade de obrigatoriedade do exame toxicológico, o Governo deve arcar com os custos, pois segundo ele, antes o próprio policial que pagava pelo teste.
Edição: Vandecy Dourado
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