Renato Roseno repudia episódio de violência de gênero protagonizado no Senado
Por Luciana Meneses29/05/2025 10:59 | Atualizado há 2 dias
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O deputado Renato Roseno (Psol) repudiou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará desta quinta-feira (29/05), o episódio que ele classificou como de violência de gênero no Senado da qual foi vítima a ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva.
Na última terça-feira (27/05), a ministra Marina Silva se retirou de uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado após discutir com alguns senadores e se desentender com o senador Plínio Valério (PSDB-AM). A ministra foi convidada para a reunião a fim de participar de debate sobre a criação de uma área de conservação marinha na região Norte.
Na visão do deputado, aquela foi uma das cenas mais abjetas a que já assistiu. “E olhe que já vimos muitos absurdos protagonizados no Senado. Mas ali estava uma mulher idosa e de saúde frágil, sendo totalmente desrespeitada, mas que se agigantou diante daqueles homens”, classificou.
Ainda segundo o parlamentar, é muito contraditório que, no mesmo ano em que o Brasil será sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança de Clima (COP 30), o Senado aprove o desmonte da política ambiental. “Enquanto o Brasil sedia um grande evento sobre condições climáticas, o Senado convoca a ministra do Meio Ambiente para dizer que a proteção ambiental não é compatível com o desenvolvimento. Não podemos normalizar absurdos e muito menos assistir a uma mulher que é referência no assunto ser desrespeitada como foi”, avaliou.
Outro assunto trazido à tribuna por Renato Roseno foi o lançamento da segunda publicação da trilogia “Cuidando em Rede” pelo Comitê de Prevenção e Combate à Violência – Cada Vida Importa – da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece).
De acordo com o parlamentar, o guia “Cuidando em Rede – Fluxo de atendimento às vítimas de violência armada e proteção às pessoas ameaçadas” reúne informações atualizadas sobre serviços públicos e da sociedade civil que atuam no atendimento às vítimas de violência armada e na proteção de pessoas ameaçadas no Ceará.
“Esse é um trabalho desenvolvido pela nossa equipe do comitê com todo o apoio da nossa Mesa Diretora e que apresenta caminhos possíveis para o cuidado das vítimas de violência, orientando encaminhamentos e fortalecendo a rede de apoio intersetorial”, explicou.
Uma primeira publicação foi produzida ainda em 2019, intitulada “Cuidando em Rede: Saberes e Práticas na Atenção às Famílias de Vítimas de Homicídios”. O primeiro estudo lançou as bases para o diagnóstico amplo da rede especializada de atendimento, publicado em março de 2024, com o título “Cuidando em Rede – Construindo fluxos de cuidado para vítimas de violência armada”.
O trabalho resultou em mais duas produções: o guia voltado para profissionais da rede extensa e outro material direcionado à rede especializada, disponíveis no site cadavidaimporta.com.br.
Edição: Vandecy Dourado
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