Acrísio Sena defende regulação das redes sociais no Brasil
Por Ricardo Garcia04/06/2025 11:21 | Atualizado há 1 dia
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O deputado Acrísio Sena (PT) analisou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (04/06), um artigo publicado na imprensa que aborda a articulação do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e aliados com empresas de tecnologia, visando às eleições de 2026.
No artigo, intitulado “Big Techs e Bolsonaro armam exército digital para 2026”, é relatado como o ex-presidente tem buscado engajamento de apoiadores por meio da utilização de estratégias de marketing e de comunicação digital.
Segundo Acrísio Sena, na última semana, Bolsonaro participou de um encontro no Centro de Eventos do Ceará, reunindo jovens ativistas de direita, assessores parlamentares, influenciadores e profissionais de marketing digital, no que foi denominado como um seminário de comunicação.
“O artigo, escrito pela jornalista Sara Goes, mostra que o que aconteceu ali não foi um seminário de comunicação, mas sim uma aula prática de como transformar um partido político em base operacional de uma milícia digital, com benção técnica de grandes empresas do mundo digital e com figuras, como a de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, como símbolos desse projeto”, relatou o parlamentar.
De acordo com ele, o objetivo real do encontro era formar jovens para atuar nas redes sociais sem qualquer tipo de controle. “Está em curso uma estratégia de lavagem cerebral de segmentos da juventude”, avaliou.
Para Acrísio Sena, é necessário fortalecer o debate sobre a democratização do uso das redes sociais no Brasil, seguindo o rumo de países como Inglaterra, França, Alemanha e Austrália, que, segundo ele, conseguiram implementar políticas de regulação das redes sociais.
“Política de regulação é uma questão preventiva e democrática, que visa acompanhar a disseminação e a proliferação de conteúdos racistas, machistas e homofóbicos sem um controle adequado. Todas as vezes que pautamos a necessidade de democratização das redes sociais por meio de um processo regulatório, somos tachados de promover a censura, o que não é a verdade”, assinalou o deputado.
Ele complementou que não se deve admitir que sejam disseminados conteúdos de ódio e de preconceito e de visões reacionárias sem qualquer tipo de punição.
Edição: Vandecy Dourado
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