Guilherme Landim avalia benefícios da transposição do rio São Francisco para o Ceará
Por Gleydson Silva04/06/2025 11:45 | Atualizado há 1 dia
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O deputado Guilherme Landim (PSB) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (04/06), os benefícios da transposição do rio São Francisco no Ceará e os investimentos para fortalecer o abastecimento hídrico no sertão.
De acordo com o parlamentar, a região do Cariri cearense conta com seis reservatórios, com capacidade para mais de 300 milhões de metros cúbicos de água, “que dão uma garantia hídrica para a região, assim como para Fortaleza e Região Metropolitana”.
Guilherme Landim ressaltou também a importância do Cinturão das Águas. Conforme ele, essa obra foi fundamental, há dois anos, para que a água da transposição chegasse ao Açude Castanhão, quando este estava no volume morto (abaixo do nível de captação). “Este ano, as chuvas foram boas na Região Metropolitana, e estamos em uma situação mais tranquila, mas, se não estivéssemos, teríamos a segurança da transposição”, garantiu.
O deputado apontou também para o projeto de compensação ambiental, que visa mitigar os impactos ambientais causados pela obra. De acordo com ele, esse projeto já beneficia mais de 35 mil pessoas no Cariri, nos municípios de Mauriti, Barro, Brejo Santo, Jati e Penaforte.
“São 37 sistemas de abastecimento de água. O objetivo é garantir que todas as comunidades que margeiam os canais da transposição ou os reservatórios tenham água em suas casas. Um projeto de mais de R$ 90 milhões. Desses 37 sistemas, 33 já estão concluídos, um em execução e três que serão executados logo mais”, informou.
O deputado lembrou que a transposição era uma pauta defendida por seu pai, o ex-deputado Welington Landim, que faleceu em 9 de junho de 2015. “Essa é uma luta travada por muitos anos e por muitas pessoas. Mas, sem dúvida nenhuma, temos o dedo muito firme, a cobrança altiva e o trabalho inegável do deputado Welington Landim para que essa obra acontecesse”, garantiu.
Segundo o vice-líder do Governo na Alece, quando foi presidente da Alece, “Welington Landim teve a oportunidade de liderar a coleta de um milhão de assinaturas no Nordeste, para entregar ao então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, cobrando que essa obra saísse do papel. O que aconteceu quando Lula assumiu, em 2002, quando essa obra saiu do papel e teve seu início”, disse.
Guilherme Landim observou que, mesmo com os avanços, muito ainda tem que ser discutido sobre o uso da água que chega ao Cariri, demanda da população da região.
“Há uma cobrança de pessoas que olham para essa água e gostariam de utilizar para outros fins. Claro que a prioridade é o abastecimento humano, mas, em anos em que temos uma situação mais confortável, precisamos poder utilizar essa água para a produção, para o uso dos ribeirinhos e outros fins. Em Brejo Santo, por exemplo, há o turismo ecológico, mas precisamos regulamentar, como já ocorre no perímetro irrigado de Russas ou Limoeiro do Norte. Por isso, vamos pedir uma audiência pública para tratar disso”, afirmou.
Edição: Vandecy Dourado
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