De Assis Diniz critica taxação dos EUA e defende soberania do Brasil
Por Narla Lopes10/07/2025 11:22 | Atualizado há 1 dia
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O deputado De Assis Diniz (PT) manifestou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (10/07), indignação com o anúncio do ex-presidente norte-americano Donald Trump de taxar em 50% os produtos brasileiros. O parlamentar classificou a medida como “um escândalo, um ato abominável” e defendeu a soberania nacional frente a política externa dos Estados Unidos.
Segundo o parlamentar, a argumentação para o tarifaço é política, e não econômica, como apontado pelo vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2008, o economista americano Paul Krugman. Para o deputado, a decisão dos EUA tem relação direta com os avanços do Brasil e de outros países no bloco BRICS, que anunciou recentemente a criação de uma moeda alternativa ao dólar. “O que está na base é o enfrentamento econômico com a China, com a Rússia, com a Índia e com o Brasil”, afirmou.
O deputado também criticou parlamentares e lideranças brasileiras que, segundo ele, comemoraram a taxação. “Todo aquele que celebra, comemora, é inimigo do País. É inimigo do Brasil”, disse. Para ele, tal postura representa um “crime de lesa-pátria” e afronta os interesses do povo brasileiro.
De Assis alertou que o setor mais atingido pela medida será o agronegócio, especialmente o de commodities. Ele citou estimativas de que estados como São Paulo poderão perder até R$ 12 bilhões com as novas tarifas. “O agro vai ser o eixo que terá a maior penalidade. E é preciso que as associações de produtores se posicionem. Vão defender o líder da extrema-direita ou os interesses da economia?”, questionou.
O parlamentar defendeu uma reação firme do governo brasileiro e a adoção do princípio da reciprocidade. “O Brasil não é uma colônia. O Brasil não é o quintal dos Estados Unidos. Somos um país soberano e quem tem que resolver nossos problemas somos nós”, sublinhou.
Além disso, defendeu que o Brasil se fortaleça no BRICS como alternativa à dependência do dólar e enfrente com unidade as pressões externas. "Esta é a defesa intransigente que todo patriota, todo nacionalista precisa fazer: a defesa dos interesses do povo brasileiro”, concluiu.
Edição: Lusiana Freire
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