Cláudio Pinho critica gastos com equipamentos de segurança no Ceará
Por Amanda Andrade*10/09/2025 10:45 | Atualizado há 2 dias
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O deputado Cláudio Pinho (PDT) comentou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (10/09), a problemática da segurança pública no Brasil e, em especial, no estado do Ceará, que, segundo ele, “está entre os campeões de violência no nosso País”
O parlamentar citou a recente compra de equipamentos pelo Governo do Estado para coibir o uso de drones por facções criminosas. Ele citou que o Estado investiu R$ 1,64 milhão na aquisição de um único sistema antidrone, valor que considerou incompatível com a realidade de outros estados, como o Rio de Janeiro.
“O estado do Rio de Janeiro comprou um equipamento para derrubar os drones usados por criminosos para sobrevoar os presídios. O valor do equipamento lá é de R$ 208 mil. No Ceará, esse mesmo equipamento custou 1 milhão, 647 mil reais. O Ceará tem mais dinheiro que o estado do Rio de Janeiro?”, questionou.
Cláudio Pinho também chamou a atenção para o impacto do mau uso de recursos públicos. “É desperdício do dinheiro público. Isso faz faltar dinheiro para a merenda, para a saúde pública e para o reajuste do servidor”, ressaltou.
Do mesmo modo, o deputado criticou a decisão do Governo do Estado de blindar 136 viaturas da Polícia Militar em São Paulo, quando há empresas especializadas nesse serviço no próprio Ceará.
Ele mencionou ainda declarações recentes do promotor de Justiça Adriano Saraiva, do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que apontou que mais de 50 políticos cearenses estariam envolvidos com facções criminosas. Para o parlamentar, a denúncia “coloca os políticos em uma situação difícil e joga lama na classe política do Estado”.
Em aparte, o deputado Lucinildo Frota (PDT) elogiou Cláudio Pinho pela iniciativa de levar à tribuna a discussão sobre os gastos do Governo. O parlamentar lembrou a falta de leitos na saúde pública e a necessidade de medicamentos de alto custo para pacientes em tratamento de câncer. “Está faltando dinheiro para tudo”, completou.
*Estagiária, sob a supervisão do editor Vandecy Dourado
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