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Felipe Mota reforça preocupação com efeito do tarifaço nas cadeias produtivas 

Por Ricardo Garcia
10/09/2025 11:36 | Atualizado há 2 dias

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Deputado Felipe Mota (União) - Foto: José Leomar

O deputado Felipe Mota demonstrou preocupação, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (10/09), com os impactos do tarifaço do governo Donald Trump na cadeia produtiva do Ceará.

O parlamentar comentou matéria veiculada pelo jornal Diário do Nordeste relatando que o preço do litro do coco caiu mais de R$ 1 no Ceará em razão do tarifaço imposto pelo governo norte-americano. De acordo com a publicação, o valor do litro do coco repassado aos produtores, que antes era de R$ 1,80, agora chega a ser encontrado por R$ 0,60.

“Infelizmente, é um impacto que eu já imaginava. Pelo valor anterior que era repassado, compensava para o pequeno produtor retirar o coco do pé e entregar para a indústria. Com esse valor atual, não compensa mais, o que vai gerar uma pobreza cada vez maior no campo, e estou falando apenas desse segmento”, analisou Felipe Mota.

Segundo ele, outros setores, como o calçadista e o da cadeia do mel, por exemplo, também serão seriamente afetados pelo tarifaço. “Na cidade de Franca, em São Paulo, que é um polo calçadista, foi anunciado um grande número de demissões em uma empresa, o que pode ter um efeito dominó, chegando ao nosso Estado, pois quando cai um, caem todos”, alertou.

Para o deputado, é necessário ter um olhar muito atencioso com os efeitos do tarifaço no País. “Precisamos nos unir e articular forças para socorrer nossas cadeias produtivas, porque, ao final de tudo isso, ninguém vai sair ganhando. Aqui no Ceará, nós vamos perder o nosso desenvolvimento econômico, vamos perder arrecadação e vamos investir bem menos em políticas públicas”, ressaltou.

Edição: Vandecy Dourado

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