Carlos Matos fala sobre a crise na saúde no Ceará
Por ALECE15/07/2015 14:27
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O deputado Carlos Matos (PSDB) relatou, no primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (15/07), a audiência pública, promovida em parceria com a Câmara Federal, para discutir a crise na saúde no Ceará. O debate ocorreu na última sexta-feira (10/07).
O parlamentar informou que, antes do debate, os parlamentares visitaram a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Instituto Doutor José Frota (IJF). Para o deputado, falta gestão nos hospitais, mas elogiou o trabalho feito pela Santa Casa.
Carlos Matos acrescentou que as instituições precisam de apoio dos governos municipal, estadual e Federal. “Temos 3.400 cirurgias pendentes as que seriam resolvidas com R$ 8 milhões. O que são R$ 8 milhões para um orçamento de R$ 1,5 bilhão?, questionou. Conforme o deputado, 70% dos profissionais do HGF são de cooperativas. “No IJF, existe o problema da superlotação por conta do atendimento a pacientes de outros municípios. E por que isso acontece? Porque não há diálogo entre as secretarias de saúde dos municípios e do Estado”, avaliou Carlos Matos.
De acordo com o deputado, pacientes de outros municípios são, na maioria dos casos, vítimas de acidentes de moto, que poderiam ser atendidos em hospitais menores, como os gonzaguinhas e frotinhas. Entretanto, acabam sendo levados para os grandes hospitais e aumentando a lotação.
Carlos Matos afirmou que é necessária uma discussão sobre uma política de saúde eficaz para o Estado e defendeu três objetivos que devem ser alcançados para se obter bons resultados. “Precisamos acabar com a ociosidade nesses hospitais, definir um plano de Governo para os próximos 90 dias e um estruturante para manter o funcionamento das unidades”, pontuou.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) ressaltou a preocupação com a Santa Casa e citou o projeto de indicação, de autoria do deputado Carlos Felipe (PCdoB), que propõe aos parlamentares destinar, por meio de emendas, recursos para essas instituições. O deputado Carlos Felipe, por sua vez, disse que essa seria uma forma objetiva de apoiar essas instituições e colaborar para a redução da superlotação nos grandes hospitais.
Para o deputado Capitão Wagner (PR), o custeio e a manutenção dos equipamentos de saúde são elevados e Governo e municípios não vêm dando conta por falta de planejamento. Já o deputado Tomaz Holanda (PPS) afirmou que a população do Ceará está desamparada. “Nos postos de saúde faltam profissionais e medicamentos”, observou. O parlamentar citou ainda o Hospital Regional de Quixeramobim, que foi inaugurado há nove meses e ainda não funciona.
LA/AT
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