Professor Pinheiro critica postura dos tribunais brasileiros
Por ALECE06/05/2014 17:57 | Atualizado há 3 meses
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Durante o tempo de liderança da sessão plenária desta terça-feira (06/05), o deputado Professor Pinheiro (PT), criticou a postura dos tribunais brasileiros com relação a julgamentos de processos políticos. De acordo com Pinheiro, a Justiça tem tomado partido em suas decisões.
Segundo o parlamentar, os tucanos de Minas Gerais cometeram o crime de compra de parlamentares há 16 anos, e o delito ainda não foi julgado. “Por que foi tão eficaz no julgamento do mensalão do PT e não fizeram o mesmo com o minero? O Azeredo renunciou o mandato para que o processo voltasse à primeira instância”, disse.
Outro exemplo citado pelo deputado foi a sentença proferida pelo Tribunal de Bellinzona, na Suíça, em que a corte condenou o conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Conforme Pinheiro, Robson Marinho, que foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB), foi condenado por suspeita de recebimento de propinas no caso Alstom - corrupção na área de energia do governo de São Paulo, entre 1998 e 2002. Numa conta no Credit Lyonnais Suisse o saldo é de US$ 1,1 milhão. Mas os investigadores brasileiros suspeitam que o conselheiro manteria quantia muito superior no sistema financeiro de Genebra.
“Não quero dizer com isso que sou favorável à corrupção, ao contrário, eu quero que todo aquele que cometer traquinagem seja punido. Agora nós não podemos ficar em silêncio com essa Justiça que julga com tanta celeridade alguns e outros não”, ressaltou Pinheiro.
“A Justiça no Brasil tem lado e tem partido. Assim a democracia fica afetada quando os poderes agem dessa forma. A eleição está chegando, é bom que população possa ver os dois lados da moeda. É bom para que a Rede Globo não fique colocando o número 45 disfarçado”, complementou.
Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) discordou de algumas colocações de Pinheiro, mas reforçou que também não é a favor da corrupção. “Não estou reivindicando monopólio de honestidade e ética. Eu estou apenas dizendo que uma coisa estapafúrdia é querer colocar na cabeça das pessoas que o mensalão não existiu”, disse.
DF/LF
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