Exercício da profissão dos técnicos industriais é debatido em audiência pública na Alece
Por Davi Holanda10/11/2023 19:30 | Atualizado há 1 semana
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O papel do técnico industrial e as resoluções do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) que disciplinam, orientam e regulamentam o exercício profissional dos técnicos industriais foram discutidos durante audiência pública, na tarde desta sexta-feira (10/11), na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), realizada por meio da Comissão de Indústria, Desenvolvimento Econômico e Comércio (CIDEC). O debate atendeu a requerimento do deputado Sargento Reginauro (União).
Solomar Pereira Rockembach, presidente do CFT, destacou que o conselho tem sentido algumas dificuldades que impedem o exercício da profissão dos técnicos industriais.
“Nós, quando participávamos de outro conselho, assinávamos as Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), que garantiam que o nosso trabalho fosse realizado normalmente. Porém, com a criação do nosso conselho, em 2018, nós passamos a assinar os Termos de Responsabilidade Técnica (TRTs), e isso gerou um problema”, argumentou.
“Como a legislação não contempla os TRTs, os técnicos industriais ficaram fora do processo de execução laboral que sempre fizeram. O que a gente quer é adequar o texto normativo de qualquer estado ou município do nosso Brasil para que os técnicos possam trabalhar. Nós não queremos nada mais do que exercer a nossa profissão e contribuir para o desenvolvimento do Brasil”, completou.
O presidente salientou ainda que o País precisa da mão de obra qualificada de técnicos industriais e que, no estado do Ceará, após a criação do CFT, foram gerados mais de 61 mil empregos pertencentes a essa categoria.
De acordo com o deputado Sargento Reginauro, após o CFT ser desmembrado do Conselho de Engenharia e Arquitetura, em 2018, as legislações que regem a categoria precisaram ser revistas.
“O CFT hoje representa 164 profissões e, por isso, essas reivindicações precisam ser ouvidas, pois a classe técnica é fundamental para o desenvolvimento do nosso País nas mais diversas áreas, e a gente precisa acolher as demandas dessa categoria e ouvir todas as partes envolvidas”, pontuou.
O deputado ponderou também que a falta de qualificação profissional técnica dos jovens é um dos fatores que contribuem para o grande número de desempregados no nosso País.
“Muitas vezes um jovem está terminando seu curso superior e infelizmente não consegue sua inserção no mercado de trabalho, porque às vezes acontece de a empresa precisar de um técnico, e não de um bacharel. A necessidade de um corpo técnico às vezes é muito maior nas empresas, e infelizmente o País não dispõe de mão de obra suficiente”, considerou.
O professor Emanuel Alves Carneiro, representante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará (IFCE), frisou que é importante para o corpo docente que os técnicos formados pela instituição tenham seus empregos garantidos e que não sejam proibidos de trabalhar após o processo de formação profissional.
Também compuseram a mesa da audiência Antenor Alves de Sousa Júnior, procurador-chefe do CFT, e o tenente-coronel Wagner Maia, que representava o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE).
Edição: Lusiana Freire
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