Notícias

Projeto de energia solar em escolas premiado é destacado em reunião na Alece

Por Davi Holanda
04/12/2023 19:11 | Atualizado há 1 ano

Compartilhe esta notícia:

- Foto: Paulo Rocha

A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), por meio da Frente Parlamentar de Energias Renováveis, discutiu, nesta segunda-feira (04/12), no Complexo de Comissões Técnicas, o reconhecimento do projeto de instalação de sistemas de energia elétrica produzida a partir da luz solar em escolas públicas do Ceará em premiação nacional.

O presidente da Frente Parlamentar, deputado Bruno Pedrosa (PDT), ressaltou a iniciativa da Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), em parceria com a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc), que implantou sistemas fotovoltaicos em 32 escolas públicas do Estado.

“O reconhecimento do projeto cearense veio com o Troféu Painel, na categoria Empreendimento Público, no âmbito do Pacto pela Infraestrutura Nacional e Eficiência Logística”, informou o parlamentar.

Pedrosa relatou ainda que, conforme dados da Seinfra, os sistemas fotovoltaicos nas escolas públicas cearenses desempenham um papel significativo na diminuição dos gastos com energia elétrica, resultando em uma economia estimada de cerca de R$1 milhão anualmente para o Executivo estadual.

O secretário da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), Antônio Nei, falou sobre a importância da parceria entre a secretaria e a Seduc, que resultou na conquista do prêmio nacional.

“Foi uma alegria muito grande que nós tivemos em relação a essa premiação, que ocorreu no dia 21 de novembro, que foi destinada para a Seinfra e para a a Seduc, mas ela é, acima de tudo, para o estado do Ceará como um todo. Foi um trabalho de parceria, mostrando a importância de nós atuarmos com a energia renovável, que é tão desejada e está tão em evidência no País, com o intuito de fornecer para as escolas energia de qualidade”, considerou. 

Ainda de acordo com o secretário, a estimativa é que mais seis escolas cearenses sejam contempladas com a instalação dos sistemas fotovoltaicos. “Temos condições de trabalhar de imediato com mais seis escolas e, no próximo ano, faremos uma nova licitação, para que possamos fazer essas instalações em várias outras escolas do Estado. É uma forma de a gente atrair esse tema para os nossos alunos e seus pais, para promover uma mudança de visão acerca da produção de energia que iremos utilizar hoje e no futuro”, ponderou. 

Alfredo Serejo, coordenador de Energias e Telecomunicações da Seinfra, informou que, com a instalação dos sistemas fotovoltaicos nas escolas, o valor pago pela energia gerada em cada uma delas reduziu em 30%.

“Para esse projeto, foram investidos R$7,3 milhões, sendo 1,8 megawatts de potência instalada e mais de 218 mil quilowatt-hora gerados mensalmente. O nosso intuito com a instalação das placas solares nas escolas era reduzir o consumo da energia, não zerar. Até para a gente poder fazer um trabalho mais democrático, atendendo o maior número de escolas possíveis. Hoje estamos tendo uma redução de 30% do valor da energia por escola”, informou.

“A expectativa é que consigamos economizar R$901 mil anualmente e evitemos a emissão de mais de 1 milhão e 600 mil quilos de CO2 na atmosfera. E como vimos que os resultados foram positivos, vamos expandir o projeto em mais seis escolas até o meio do próximo ano”, adiantou.

Maria Jucineide da Costa Fernandes, secretária executiva de Ensino Médio e Profissional e representante da Seduc, falou sobre a importância da discussão sobre energias renováveis no âmbito escolar.

“A Seinfra apresentou todo esse potencial da redução dos custos nas escolas, e a gente que trabalha com educação também vê pela perspectiva de trabalhar essa temática de modo curricular, a questão da sustentabilidade, da transição energética e da redução das emissões de carbono na atmosfera, para que o estudante possa compreender outras formas de geração de energia”, salientou. 

A secretária destacou também que o curso técnico em Sistemas de Energia Renovável já é oferecido pelas escolas estaduais de educação profissional (EEEPs) das cidades de Aracati, São Gonçalo do Amarante, Mauriti, Tianguá e Sobral e que, até 2024, será implantado também nos municípios de Tauá, Acaraú e Quixadá. 

Também compuseram a mesa da reunião Sérgio Araújo, consultor da Seinfra; Cláudio Filho, sócio-diretor de Operações da empresa Ematec, e Enio Pontes, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC).

 

Edição: Clara Guimarães

Veja também