Trabalho de divulgação cultural do grupo Chocalho é reconhecido em solenidade na Alece
Por Pedro Emmanuel Goes09/08/2024 16:38 | Atualizado há 9 meses
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O grupo Chocalho foi homenageado em sessão solene realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) na tarde desta sexta-feira (09/08), em virtude dos 40 anos de fundação da entidade. O evento foi realizado no auditório João Frederico Ferreira Gomes, localizado no anexo II.
Fundado em 4 de agosto de 1984, o grupo Chocalho reúne poetas, escritores, artistas plásticos, jornalistas, fotógrafos e músicos com o objetivo de defender e divulgar a cultura, especialmente a cultura cearense. Além disso, promove a edição e o lançamento de livros e jornais e a realização de exposições e recitais em locais públicos e privados.
O deputado Cláudio Pinho (PDT), propositor da homenagem, falou sobre a importância de levar cultura à população e lamentou os baixos investimentos na área pelo poder público.
Cláudio Pinho também comentou que, por ter sido formado em uma época de redemocratização, o Chocalho pode ser encarado como um grupo de resistência daquele tempo, que se uniu para enfrentar os desafios do período, como a censura.
Ele também elogiou o trabalho de divulgação cultural feito pela entidade ao longo desses 40 anos. “Já recebi eventos do grupo quando era gestor de São Gonçalo do Amarante e não podemos deixar de reconhecer a importância de levar artistas e produções culturais à população, especialmente nos municípios do interior, cujos orçamentos para a cultura são muito baixos”, avaliou.
Auriberto Vidal Cavalcante, presidente e fundador do grupo Chocalho, falou em nome dos homenageados - Foto: Máximo Moura
Na sessão solene, 21 membros do grupo com certificados. Falando em nome deles, o presidente e fundador do grupo Chocalho, Auriberto Vidal Cavalcante, que também é escritor, poeta, jornalista e produtor cultural, ressaltou que a entidade não possui ideologia política, com foco na defesa da cultura. “Nossa luta é muito ampla, entramos até em batalhas que as pessoas não entendem, como nossa defesa do patrimônio cultural, que o cearense não conhece”, disse. Ele ainda frisou que o grupo não recebe nenhum tipo de apoio, a não ser dos próprios membros e amigos: “aqueles que acreditam no nosso trabalho”, acrescentou.
O historiador Juarez Leitão também enfatizou o caráter de resistência do grupo Chocalho. “Poucos veículos ou instituições culturais chegaram aos 40 anos. Não é uma tarefa fácil e, no nosso caso, isso só é possível pois o Chocalho é formado por artistas que realizam esse trabalho de divulgação cultural de forma continuada”, observou.
A solenidade contou ainda com apresentação da cantora e sanfoneira Francine Maria. Estiveram presentes também na mesa da sessão solene a presidente da Academia Cearense de Letras, Graça Roriz Fonteles; o presidente das academias cearenses de Retórica e de Poesia, jornalista Vicente Alencar; a diretora do Centro de Ciências Humanas, Exatas e Tecnológica do Centro Universitário Uninta, Eliza Angélica Spídola; o poeta e cônsul honorário da Romênia em Fortaleza, Luciano Maia; o juiz titular da 2ª Vara Cível de Tauá, Francisco Ireilton, e o médico e poeta Russen Moreira Conrado.
Edição: Geimison Maia
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