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Lucinildo Frota apresenta projeto para instituir o Dia Estadual da Mãe Atípica

Por Lincoln Vieira
21/11/2024 13:35 | Atualizado há 14 horas

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Deputado Lucinildo Frota (PDT) - Foto: Junior Pio

O deputado Lucinildo Frota (PDT) requisitou, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (21/11), a aprovação de projeto de lei de sua autoria que institui o Dia Estadual da Mãe Atípica.

De acordo com o parlamentar, a propositura 804/24, lida em expediente no último dia 14 de novembro, tem como objetivo reconhecer os esforços das mães no cuidado dos filhos com deficiência. “Essas mulheres, muitas vezes, precisam de apoio psicológico, porque enfrentam todo tipo de dificuldade, passam por situações inimagináveis e não arredam o pé de estar ao lado de seu filho com deficiência”, argumentou. 

O parlamentar requereu o apoio do Governo do Estado e dos municípios. Lucinildo relatou que as mães passam por dificuldades, como o não acesso à medicação e a falta de poder aquisitivo para a aquisição do medicamento. “Eu fui abordado por uma mãe que pensou em se matar porque faltaram forças para cuidar do seu filho, porque às vezes não tem medicação, não tem dinheiro para comprar, daí como uma mãe vai cuidar de uma criança que precisa de apoio? Essa deve ser uma obrigação do Estado”, defendeu. 

O deputado pediu ainda apoio dos parlamentares para aprovar o projeto. O parlamentar solicitou que o Governo do Estado elabore políticas públicas em prol das mães atípicas. “Eu peço a cada um de vocês que possamos encaminhar o projeto às comissões para ser discutido e aprovado e peço também à Secretaria de Proteção Social e das Mulheres que, juntos, discutamos condições para ver o que essas mães precisam”, propôs.

Lucinildo asseverou ainda que, em municípios cearenses, as mães não têm acesso à fila de espera para atendimento neuropediátrico, assim como à escola de segunda a sexta-feira. “Em Baturité, tem 25 mães que não entraram na fila de espera e, em Maracanaú, mães, ao levarem seus filhos, ouviram que tinham que fazer revezamento, porque o filho só pode ir à escola duas vezes na semana, por falta de cuidados da escola com a criança. É todo tipo de dificuldade, imagina o psicológico dessa mãe?”, questionou. 

Em aparte, o deputado Antônio Henrique (PDT) concordou com o parlamentar. O deputado revelou conversas que teve durante a campanha eleitoral com populares sobre as necessidades desse público. “É necessário fazer um trabalho específico voltado às famílias com crianças com autismo”. 

Já o deputado Fernando Hugo (PSD) elogiou o mérito da proposta. O parlamentar ressaltou que o projeto é “magnífico” e que as mães com filhos com autismo precisam de apoio diferenciado do Governo do Estado. 

Edição: Vandecy Dourado

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