De Assis Diniz destaca economia do Ceará e responde a críticas sobre a alta do dólar
Por Narla Lopes03/12/2024 12:19 | Atualizado há 15 horas
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O deputado De Assis Diniz (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (03/12), durante sessão plenária, para responder às críticas da oposição sobre a economia brasileira e a alta do dólar. O parlamentar afirmou que quem fala sobre déficit público no Brasil tem uma “inversão de valores” e questionou a crítica ao Brasil, comparando a situação econômica do País com a dos Estados Unidos.
Diniz lembrou que os Estados Unidos possuem um déficit de US$ 347 bilhões e um PIB de US$ 242 bilhões. “Por que para os Estados Unidos vale e para o Brasil não?”, perguntou. O deputado também comentou sobre a turbulência do dólar, destacando que, na década de 1970, os Estados Unidos enfrentaram uma grande crise cambial, mas conseguiram manter o dólar como moeda mundial, vinculando-o ao petróleo.
O parlamentar destacou ainda que países como China e Rússia diminuíram a dependência do dólar e já negociam entre si com suas próprias moedas. “Quando a China se industrializou nos anos 70 e a Rússia passou a ter poder econômico, as transações no mercado mundial passaram a secundarizar o dólar”, afirmou Diniz, justificando a criação de uma nova moeda pelo Brics, que inclui até a Arábia Saudita, um grande aliado dos Estados Unidos.
Sobre a situação econômica no Ceará, De Assis Diniz ressaltou a importância do investimento público. “No Ceará e no Brasil, o papel do governo é investir, desenvolver, alavancar, não é fazer poupança”, afirmou. Ele destacou os avanços no Estado, mencionando programas como o Ceará Sem Fome, que oferece alimento a quem precisa, e ações de qualificação profissional que buscam melhorar a qualidade de vida da população.
O deputado também mencionou os bons índices econômicos do Ceará, como a menor taxa de desemprego dos últimos 12 anos, com 6,7%, e o melhor salário inicial do Nordeste. Diniz criticou ainda a resistência em taxar grandes fortunas, afirmando que não é razoável que estas não sejam tributadas enquanto trabalhadores pagam impostos cada vez mais elevados.
Em aparte, o deputado Missias Dias (PT) comentou sobre o anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de taxar os mais ricos e isentar quem ganha até cinco mil reais. “Se queremos distribuir renda e diminuir a pobreza no Brasil, com emprego garantido, devemos taxar bilionários que não pagam impostos”, defendeu.
Edição: Vandecy Dourado
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