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Missias Dias critica Congresso Nacional por derrubar decreto sobre alíquota do IOF

Por Narla Lopes
26/06/2025 11:33 | Atualizado há 12 horas

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Deputado Missias Dias (PT) - Foto: Paulo Rocha

O deputado Missias Dias (PT) criticou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (26/06), a decisão do Congresso Nacional de derrubar o decreto que aumentaria a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), proposto pelo Governo Federal.

Para o parlamentar, a votação representa uma derrota principalmente para a população mais pobre, que será a maior prejudicada com os cortes que deverão vir. “Quem perdeu foi o povo mais pobre, a classe trabalhadora brasileira”, lamentou.

Ainda na avaliação do deputado, o presidente do Congresso agiu ignorando acordos previamente firmados com líderes partidários. “Infelizmente, o presidente do Congresso Nacional, por conchavos ou por interesse de manter alguns acordos, não respeitou a reunião de líderes, não respeitou o acordo e colocou, às pressas, ontem, essa votação do IOF no plenário da Câmara Federal”, criticou.

Missias Dias também questionou por que medidas como a taxação dos super-ricos e a correção da tabela do Imposto de Renda para garantir isenção a quem ganha até R$ 5 mil, propostas pelo Governo, sequer foram colocadas em pauta.

O deputado destacou a desigualdade tributária existente no Brasil, onde os mais ricos pagam menos impostos do que a classe média e os trabalhadores. “Quem ganha até R$ 5 mil no Brasil hoje paga um valor de imposto de renda de 27,5%. Isso é a maioria da classe trabalhadora brasileira. Agora pergunte: quanto os mais ricos do Brasil pagam? Nenhum centavo. A proposta que está no Congresso é para que os mais ricos paguem apenas 10%, que é menos da metade do que paga a maioria da classe trabalhadora”, ressaltou. 

Para ele, o Congresso age para proteger os interesses das elites, mantendo privilégios históricos, enquanto sacrifica programas sociais essenciais para a população, como os de saúde, educação e combate à fome.

Em aparte, o deputado Bruno Pedrosa (PT) reforçou as críticas à decisão do Congresso. “Salta aos olhos a desconexão do Congresso Nacional com o povo brasileiro. Um Congresso que pede corte de gastos para os pobres, mas aumenta o número de deputados e assessores. O Congresso hoje tem mais poder e precisa ser cobrado com mais responsabilidade”, afirmou.

Edição: Lusiana Freire

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