Renato Roseno destaca julgamento da chacina do Curió
Por Vanessa Madeira29/06/2023 12:06 | Atualizado há 1 ano
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O deputado Renato Roseno (Psol) destacou, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (29/06), o julgamento da chacina do Curió, o mais longo da história da Justiça cearense, que terminou no último domingo (25/06), com a condenação de quatro policiais pela morte de 11 pessoas em Fortaleza, no ano de 2015.
O parlamentar parabenizou o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) pelo trabalho de investigação do crime e também homenageou as famílias, em especial as mães das vítimas da tragédia.
“São mulheres que fizeram do seu luto a luta e estão começando agora a ter respostas. Elas não lutam por vingança, lutam por justiça.Não vai trazer os filhos delas de volta, mas tão ruim quanto ter que enterrar o filho é não ter resposta”, ressaltou Roseno.
Outro ponto abordado pelo deputado foi a participação do Comitê de Prevenção e Combate à Violência (CPCV) da Assembleia no Stockholm Criminology Symposium, evento que reuniu, no dia 12 deste mês, pesquisadores e representantes de 40 países para discutir métodos de redução da criminalidade.
O comitê apresentou o estudo “Meninas no Ceará”, com dados sobre a letalidade de adolescentes no Estado. “Mais uma vez, tivemos reconhecimento internacional da qualidade do trabalho feito pela equipe do comitê. Para nós, é muito importante uma pesquisa feita no Parlamento cearense para instruir políticas públicas”.
A iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) de promover, neste mês, curso de formação sobre prevenção e combate à tortura em Fortaleza também foi ressaltada por Roseno. “Queria homenagear todos os juizes, promotores e advogados que têm participado da defesa de um marco civilizatório e da lei do Sistema de Prevenção e Combate à Tortura”.
Em aparte, o deputado Queiroz Filho (PDT) reconheceu o trabalho de Roseno à frente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, citando o acompanhamento das denúncias de violência e maus-tratos no sistema prisional cearense, reveladas nesta semana.
“Fico muito feliz que vossa excelência passa a acompanhar esses casos que eram de setembro de 2022 e que vieram à tona agora”, afirmou.
Sargento Reginauro (União) também falou sobre o caso e criticou a postura da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) diante dos relatos. “Lamentavelmente, se apresenta uma realidade para o Ministério Público e para a sociedade que, intramuros, está muito longe do que vivem na pele os internos e também os profissionais que estão dentro do sistema. O que se passa é um sistema prisional perfeito e isso não é verdade”, comentou.
Edição: Adriana Thomasi
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