Dra. Silvana critica resolução do Conselho Nacional de Saúde
Por Gleydson Silva16/08/2023 12:40 | Atualizado há 1 mês
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A deputada Dra. Silvana (PL) criticou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (16/08), a resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que reconhece as religiões de matriz africana como locais promotores de saúde complementar do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o documento lido pela parlamentar, o CNS reconhece “as manifestações da cultura popular dos povos tradicionais de matriz africana e as Unidades Territoriais Tradicionais de Matriz Africana (terreiros, terreiras, barracões, casas de religião, etc.) como equipamentos promotores de saúde". “Jamais uma ministra da Saúde, um governo, pode colocar isso aqui em um conselho, deliberar que uma religião só é capaz de ser local de promoção de saúde”, contestou.
Dra. Silvana destacou as ações das igrejas cristãs na promoção de saúde, sobretudo no período de pandemia. “As igrejas católicas e evangélicas distribuiram alimentos para o povo. As igrejas deram acesso a saúde e comida. O etc. na resolução não se refere a outras religiões, mas sobre as religiões de matrizes africanas. Só elas são promotoras de saúde? São apenas 2% da população”, indagou a deputada.
A parlamentar defendeu a destituição da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e afirmou que dará entrada em uma representação questionando o Conselho Regional de Medicina e o Conselho Nacional de Medicina sobre o fato, bem como com uma ação no Ministério Público. “Quem representa os médicos vai ter que se manifestar. Porque quem disser que as religiões de matriz africana são locais de promoção de saúde terá que colocar a igreja católica e a igreja evangélica sim, que representamos juntas quase 90% da população”, destacou.
O deputado Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos), em aparte, afirmou que há uma “preferência do governo pelas religiões de matriz africana” e “uma perseguição à igreja cristã”. Já o deputado Alcides Fernandes (PL) criticou o Governo Lula pelas ações que julgou “um ataque à família” e a resolução do CNS.
Edição: Adriana Thomasi
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