Larissa Gaspar sugere frente parlamentar de combate à violência política de gênero
Por Gleydson Silva16/03/2023 12:30 | Atualizado há 2 dias
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A deputada Larissa Gaspar (PT) sugeriu, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará, nesta quinta-feira (16/03), a criação de uma frente parlamentar de combate à violência na Alece.
A parlamentar pediu apoio dos colegas deputados para a provação da proposta apresentada e ressaltou que o colegiado deve realizar debates e seminários reforçando o respeito aos direitos das mulheres na política e acompanhar casos. “Precisamos garantir que as mulheres possam exercer seus mandatos plenamente, sem cerceamento, sem interrupção e agressão”, pontuou.
Como lembrou Larissa Gaspar, na última terça-feira (14/03), a morte de Marielle Franco e de Anderson Gomes completou cinco anos e, até hoje, não se sabe quem foi o mandante do crime. Segundo ela, o crime é um claro exemplo de violência política e precisa de conclusão na investigação. “Há um compromisso do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para reforçar a investigação. “Marielle e Anderson presentes, ontem, hoje e sempre”, disse.
Larissa Gaspar argumentou também que, quando vereadora de Fortaleza, apresentou projeto para instituir a semana Marielle Franco de enfrentamento à violência política contra mulheres, ainda em tramitação. Ela parabenizou, no entanto, a iniciativa do deputado Renato Roseno (Psol), autor de projeto na Assembleia Legislativa que institui a data no Ceará. “Esse é um dia que lembra a violência política que nós mulheres sofremos, data essa que lembra ainda a morte de Marielle, justamente por motivação política. Nossos mandatos e espaços de fala precisam ser respeitados”, enfatizou.
A deputada chamou a atenção também para os casos de violência contra a mulher no Ceará e a importância de reforçar os equipamentos de proteção e acolhimento. “É preciso fortalecer essa rede para salvar as vidas das mulheres cearenses”, avaliou.
Larissa Gaspar lembrou ainda que no dia 13 de março é celebrado o aniversário de nascimento de Antônio Conselheiro, cearense de Quixeramobim. A deputada destacou que Conselheiro tinha como característica o seu senso de justiça, de preocupação com a situação de fome que, já naquela época, o povo enfrentava, e construiu um local de resistência, que foi Canudos, em Belo Monte. “Tenho orgulho de ser filha de cidadãos de Quixeramobim. Eu sempre digo que tenho sangue de Antônio Conselheiro correndo nas minhas veias, nessa luta, assim como ele, por igualdade social”, disse.
O deputado Fernando Hugo (PSD), em aparte, lamentou ainda haver tantos casos de violência contra as mulheres, dos mais diversos tipos. Para ele, é necessário agilidade no atendimento às mulheres vítimas de violência, seja nos equipamentos policiais ou na Justiça. O deputado Leonardo Pinheiro (Progressistas) enfatizou a necessidade de qualificação profissional que possibilite a independência financeira de mulheres vítimas de violência, para que assim possam sair desse ciclo violento.
A deputada Dra. Silvana (PL) afirmou que já sofreu violência política e reiterou a necessidade de dar sempre voz às mulheres, seja dentro ou fora do Parlamento. “Precisamos estar unidas nesse propósito. Temos nossas divergências, mas, na causa da mulher, estamos juntas”, afirmou. Já o deputado Missias Dias (PT) cobrou respostas ao assassinato de Marielle Franco, após cinco anos de impunidade, e reforço nas investigações e julgamento dos envolvidos.
Edição: Adriana Thomasi
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