Dra. Silvana defende audiência na Alece sobre transferência de hospital para a PMCE
Por Narla Lopes24/04/2025 13:32 | Atualizado há 15 horas
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A deputada Dra. Silvana (PL) criticou, durante pronunciamento no segundo expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quinta-feira (24/04), o fato de a audiência pública convocada pelo Ministério Público do Estado (MPCE) para o próximo dia 28 de abril - que discutirá a proposta de transferir o atendimento do Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar, em Fortaleza, para a Polícia Militar do Ceará (PMCE) - não ser realizada na própria Alece.
“Essa audiência pública era para ser realizada nesta Casa, que é o palco ideal para debater um assunto tão importante. Estamos falando de um hospital que pode deixar de atender a população para ser entregue a uma única categoria”, comentou a parlamentar.
Dra. Silvana lembrou que o Sistema Único de Saúde (SUS) não pode priorizar uma determinada categoria. “Não se pode pegar um hospital que é referência no Estado e simplesmente entregar, sem planejamento, sem ouvir esta Assembleia Legislativa. Eu preciso ser ouvida como voz do povo”, afirmou.
Segundo a deputada, o Hospital José Martiniano de Alencar é referência em cirurgia bariátrica, com mais de 300 procedimentos realizados em um ano. “É um hospital que funciona perfeitamente bem. Não se pode justificar uma promessa de campanha com atitudes apressadas que desrespeitam esta Casa e os profissionais que ali atuam”, criticou.
Sobre a audiência pública marcada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) para o dia 28 de abril, que tratará do futuro do hospital, Dra. Silvana reafirmou a disposição dela para contribuir com soluções. “Quero ajudar. Estou deputada, mas sou médica há 32 anos. Conheço de perto a realidade da saúde pública e me recuso a aceitar decisões unilaterais que prejudicam a população”, disse.
Em aparte, o deputado Queiroz Filho (PDT) concordou sobre a necessidade de melhores condições de atendimento para os profissionais de segurança pública, mas questionou a forma como o processo está sendo conduzido. “As forças de segurança merecem, sim, um equipamento de saúde de qualidade. Mas que se construa um novo, que se planeje. Não se pode, do dia para a noite, tirar um hospital que está funcionando muito bem”, argumentou.
Já o deputado Antônio Henrique (PDT) defendeu que os policiais militares recebam atendimento de qualidade em unidades credenciadas, em vez de um hospital exclusivo. “Acredito que será muito melhor ter acesso em clínicas conveniadas pelo Issec do que concentrar tudo em um único equipamento. Isso amplia as possibilidades e garante mais qualidade no atendimento”, afirmou.
Edição: Geimison Maia
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