Dia Internacional da Superdotação joga luz nas necessidades de pessoas com altas habilidades
Por Guilherme de Andrade07/08/2025 15:21 | Atualizado há 13 horas
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O Dia Internacional da Superdotação é celebrado em 10 de agosto. A data foi idealizada pelo Conselho Mundial das Crianças Superdotadas e Talentosas (WCGTC) em 2011, durante a 19ª Conferência Mundial do WCGTC, realizada em Praga, República Tcheca. O objetivo é reconhecer e valorizar as pessoas com altas habilidades/superdotação e suas diferentes formas de aprendizado e talentos.
A iniciativa também serve para promover a conscientização sobre a importância de atender às necessidades específicas desses indivíduos, tanto no âmbito educacional quanto no social, buscando formas de inclusão e de desenvolvimento.
De acordo com a Associação Mensa Brasil, o País alcançou a marca de cinco mil pessoas com superdotação – também chamadas de "superinteligentes". O número coloca o Brasil na sexta colocação no ranking global Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, ao lado do Japão, e atrás apenas dos Estados Unidos, Ilhas Britânicas, Alemanha, Suécia e República Tcheca
Na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), o tema foi levantado pela deputada Emilia Pessoa (PSDB), autora do projeto de lei de 1232/2023. A matéria propõe a Campanha Estadual de Desenvolvimento das Potencialidades de Educandos com Altas Habilidades/Superdotação na Rede Pública de Ensino do Estado do Ceará. O propósito da campanha é evitar um potencial desinteresse do aluno superdotado pela aula, uma vez que ele tende a compreender o assunto proposto em sala de forma mais rápida que os colegas.
Além disso, acredita-se que existe uma falha no desenvolvimento desse público, o que ocasiona a evolução de algumas áreas em ritmo diferente de outras. A parlamentar ressalta que a criação de um programa de acompanhamento para esse aluno vai propiciar que tenha seu desenvolvimento integral, tanto no âmbito profissional como no socioemocional.

Deputada Emilia Pessoa e a neuropsicopedagoga Olzeni Ribeiro em entrevista na Alece FM - Foto Bia Medeiros
O assunto também foi tratado nesta quinta-feira pela neuropsicopedagoga Dra. Olzeni Ribeiro, especialista no assunto, durante entrevista concedida, juntamente com a deputada Emilia Pessoa, ao programa Alô Alece, que foi ao ar na Alece FM.
Segundo explicou Olzeni Ribeiro, desde bebê e até mesmo dentro da barriga da mãe, essas crianças já começam a dar sinais de superdotação. “É uma coisa fora do comum os relatos que a gente tem de acontecimentos dentro da barriga, em fase de gestação. Quando ele nasce, você já vai perceber que ele é diferente. Essa criança nasce com um estado de alerta e hipervigilância muito ativo”, disse Olzeni.
Além disso, a especialista revelou o grande desejo de contar com as contribuições dos pediatras no que diz respeito a crianças com altas habilidades/superdotação. Para ela, se esses profissionais da medicina identificarem desde cedo a condição, “eles podem ajudar muito essa criança a não desenvolver os problemas que ela vem a desenvolver”.
A deputada Emilia Pessoa, por sua vez, ressaltou que, “quando apresentou um projeto de desenvolvimento dessas altas habilidades/superdotação, ele não visava apenas a criação de um mecanismo para fomentar essa potencialidade, mas principalmente acolher e propor que os profissionais que lidam com atendimento especializado sejam formados para poder tratar e dar uma condição mais humanizada”.
Edição: Clara Guimarães
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