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Ciadi apresenta planejamento para famílias durante acolhida do semestre

Por Paulo Veras, repórter do Núcleo de Comunicação Interna da Alece
14/08/2025 16:29 | Atualizado há 10 horas

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Ciadi atende crianças e adolescentes com autismo e crianças com T21 - Foto: Bia Medeiros / Alece

O Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi) da Alece realizou, nesta semana, acolhidas do semestre para as famílias acompanhadas pelo órgão, que atende crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e trissomia do 21, a síndrome de Down.

Na ocasião, foi apresentado aos presentes o planejamento de atividades e promovido um momento de confraternização em comemoração ao Dia dos Pais. 

Momento de integração e acolhimento com as crianças do Ciadi. Foto: Bia Medeiros

A coordenadora do Ciadi, Aryadna Rocha, detalhou o que foi pensado para os próximos meses. “Neste semestre, continuamos firmes no compromisso com o desenvolvimento integral das nossas crianças com TEA e T21. Teremos uma programação rica com atividades terapêuticas integradas, oficinas de estimulação precoce, projetos de musicalização, psicomotricidade, além de encontros com as famílias”.

Aryadna destacou que o desenvolvimento das crianças acontece em rede, com uma equipe multidisciplinar dedicada e preparada para oferecer um atendimento humanizado e de qualidade.

“Nosso objetivo é fortalecer vínculos, promover a autonomia e garantir que cada criança seja respeitada em sua individualidade”, pontuou. A coordenadora aproveitou para valorizar a presença dos pais, figuras importantes no processo de crescimento e superação das crianças.

TERAPIA EM FAMÍLIA

Seguindo essa orientação de acompanhar e estar sempre presente ao lado dos filhos, o casal Gerlane da Silva e Antônio Ederson compareceu na acolhida ao lado do filho Anderson, que vai completar 10 anos este mês e tem T21 e autismo.

Ele é atendido pelo Ciadi desde 2021 e os pais atestam que a vida do filho mudou após o acompanhamento da equipe multidisciplinar do Ciadi. "Aqui ele tem melhorado muito na questão do relacionamento com outras pessoas, com outras crianças. Quando entrou, ele era agressivo, agora já quer dar beijos e abraços”, diz o pai. A mãe completa contando que é o filho que chama para vir para o Ciadi.

A família de Anderson e o terapeuta Leandro Morais, do Ciadi. Foto: Bia Medeiros

Para Gerlane, o próximo passo é que Anderson conquiste mais oralidade. Ela explica que ele ainda tem dificuldade com a fala, mas agora aprende as palavras e as adota. A última foi “lindo”. “A professora, dialogando com ele na escola, conseguiu com que ele falasse. Aí já tá apaixonado por essa palavra”, revela emocionada.

Ederson não vê forma melhor de comemorar o Dia dos Pais do que assistir à evolução do filho. “Cada aprendizado dele, por menor que seja, a gente vê que é uma vitória. Ter todo esse atendimento no Ciadi é fundamental pra vida dele e pra nossa”.

ATENDIMENTO SISTÊMICO E PERSONALIZADO

A psicoterapeuta do Ciadi, Luciana Bem, uma das profissionais que compõem a equipe multidisciplinar do órgão, confirma que o caráter sistêmico e personalizado do atendimento é um dos motivos do sucesso nos acompanhamentos.

"Temos crianças com acompanhamento em cinco, seis áreas. Cada um observa quais são as demandas a serem trabalhadas e estimuladas. Psicopedagogia vai dar o direcionamento para a área da aprendizagem; a fisioterapia, terapia ocupacional e educação física vão voltar para a parte motora; as psicólogas, para a perspectiva psicoemocional; a nutricionista, observar as questões alimentares”, detalha Luciana.

Famílias reunidas com a equipe do Ciadi no acolhimento. Foto: Bia Medeiros

A psicopedagoga faz questão de frisar que todas as atividades são sempre planejadas com antecipação. “Os terapeutas voltaram uma semana antes para o processo de planejamento, onde foi feito um estudo de caso um a um. Então, cada criança que é atendida pela equipe teve seu plano terapêutico traçado para o semestre”.

Para Luciana, outro fator fundamental para os resultados é o acompanhamento das famílias. “Enquanto as crianças estão nas oficinas terapêuticas, a psicóloga da família está em acolhimento com a família. Isso é indispensável para o processo evolutivo ser positivo para as crianças e familiares”, apontou.

Serviço

O Ciadi acompanha crianças de dois a 12 anos e adolescentes até 16 anos com transtorno do espectro autista (TEA) e crianças de dois a 12 com síndrome de Down, dependentes dos servidores da Alece e comunidades do entorno. 

Os interessados em mais informações sobre o Ciadi podem ligar para o número (85) 3277-2580 ou comparecer presencialmente ao térreo do anexo III da Assembleia Legislativa, na avenida Pontes Vieira, 2.348.

Edição: Samaisa dos Anjos

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