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Arte, apropriação cultural e ação pública norteiam os trabalhos do IX FIP

Por ALECE
29/02/2012 20:52

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- foto: Edson Júnior Pio

 

O professor da Universidade Lille (França), Abdelhafid Hammouche, deu prosseguimento, na tarde desta quarta-feira (29/02), aos trabalhos do IX Fórum de Ideias Inovadoras em Políticas Públicas (FIP). Nesta edição, que foi aberta pela manhã, no Complexo de Comissões Técnica da Assembleia Legislativa, o tema é “Cidades e Patrimônio”. Pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas Sociológicas e Econômicas de Lille (Clersé-CRNS), ele falou sobre o trabalho que está desenvolvendo sobre política cultural a partir da perspectiva comparativa entre o consumo de produtos artísticos em Fortaleza e Lille.

Antes da exposição, foi exibido o vídeo “A experiência do Museu Urbano Tony Garnier”, mostrando a ação de requalificar o bairro Estados Unidos, em Lyon (França). Os participantes do FIP tiveram a oportunidade de saber como a iniciativa privada, comunidade e governo transformaram uma área antes degradada em um museu urbano, com prédios antigos reformados e passando a ostentar obras de arte em suas estruturas externas.

Em seguida, a deputada Rachel Marques (PT), presidente da Comissão de Educação da AL, abriu a mesa-redonda “A arte e a cidade: dispositivos de ação pública e apropriação cultural”, que foi coordenada pela professora Linda Gondim, doutora em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade de Cornell (EUA) e coordenadora do Laboratório de Estudos da Cidade, da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Rachel Marques ressaltou a importância da iniciativa do Inesp em discutir esse assunto, principalmente porque as intervenções nos espaços públicos acontecem, segundo ela, numa velocidade muito grande.

O professor Nelson Brissac, doutor em filosofia pela Universidade de Paris, trouxe para o debate um problema vivido pela cidade de São Paulo: “O que fazer com os vagões de trem da linha férrea que estão abandonados?”. De acordo com ele, somente em São Paulo são 40 mil vagões. No Brasil, informou ainda, são quase 100 mil. “Muitos são jogados em áreas de mananciais”, citou, expondo uma experiência que deverá começar nos próximos meses no bairro paulistano da Mooca, onde esses vagões serão entregues para o artista plástico, José Resende, para que ele faça experiências.

Kadma Marques Rodrigues, da UFC, falou sobre sua pesquisa desenvolvida na Praia de Iracema. A professora apontou as mudanças de perfil pelas quais passou o local desde o início do século passado até hoje.

Após as exposições dos convidados, houve um debate coordenado pela professora Irlys Barreira, doutora em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e PhD em sociologia pela École dês Hautes Ètudes em Sciences Sociales, de Paris.

SERVIÇO
Nesta quinta-feira (1º/03), o FIP terá outras duas mesas, que acontecerão: uma às 9h30, sobre “Coletivos artísticos e recomposição urbana – o caso da Praia de Iracema”; e outra às 14h30, sobre “Processos de patrimonização da cidade”.

 CP/LF

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