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Dra. Silvana cobra atitude de parlamentares sobre falta de atendimento do Crio

Por Luciana Meneses
02/08/2023 12:10 | Atualizado há 1 mês

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Deputada Dra. Silvana (PL) - Foto: Junior Pio

A deputada Dra. Silvana (PL) cobrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará desta quarta-feira (02/08), uma atitude por parte dos colegas parlamentares sobre a situação do Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio) de Fortaleza.

A suspensão dos atendimentos, de acordo com a parlamentar, é resultado da briga interna do Partido Democrático Trabalhista (PDT). “Esta Casa tem responsabilidade com o que está acontecendo na oncologia do Ceará. Existe uma briga dentro do PDT que está impactando no repasse do financiamento para o Crio, e se isso não acabar, muita gente será enterrada. Não quero saber se um dá mais que o outro. Quando o governador era o Camilo e Roberto Cláudio era prefeito de Fortaleza, o dinheiro chegava. Porque agora não chega?”, acrescentou.

Dra. Silvana justificou a indignação com a situação, relatando o caso da irmã de sua assessora, que faleceu esta semana, vítima de câncer e não conseguiu realizar o tratamento. “Uma mulher de 51 anos não teve o direito de fazer uma sessão de quimioterapia ou radioterapia, por conta da situação do Crio. A pessoa agora se tiver câncer, precisa ter convênio ou ser muito rica, pois se depender do poder público cearense, ela morre sem receber qualquer atendimento”, criticou. 

Em aparte, o deputado Sargento Reginauro (União) relatou que na última audiência promovida pelo Ministério Público, os dados apresentados pelos dirigentes dos hospitais não refletiam a realidade. “Os representantes chegavam a se contorcer na cadeira de constrangimento. O representante do ICC disse que os pacientes já estão chegando sem condição de cura, apenas para cuidados paliativos. Isso é criminoso. O paciente não está morrendo de câncer, esta morrendo da ineficiência do poder público”, lamentou.

O deputado De Assis Diniz (PT), por sua vez, afirmou que a situação precisa ser tratada com racionalidade e lembrou a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). “Enquanto esse debate não for colocado na mesa, não adianta todo o nosso esforço. Impactou na vida de todos nós o baixo financiamento do SUS. No caso do Crio, não é uma questão partidária, pois cada um tem que cumprir sua função constitucional”, avaliou. 

Edição: Adriana Thomasi

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