Welington Landim reclama dos serviços de telefonia móvel
Por ALECE08/05/2012 17:06 | Atualizado há 1 semana
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O deputado Welington Landim (PSB)) informou que após dois anos de aplicado um ajuste de conduta com as operadoras de telefonia celular, para que melhorassem os serviços, nada avançou. “Ministério Público não faz nada, Justiça não faz nada, porque estamos lidando com quem tem muito dinheiro, e o povo que se exploda”, desabafou.
Landim informou que o seu motorista está recebendo três contas de telefone por mês, quando deveria ser apenas uma cobrança. E nenhum órgão de defesa do consumidor consegue mediar o problema. “Ele foi inclusive aconselhado a entrar com ação de indenização”, acentuou.
De acordo com o deputado, a Anatel só funciona para autuar rádios comunitárias. “Nada e nada é a mesma coisa. Elas (as operadoras de telefonia) fazem propagandas vendendo gato por lebre, povo empolgado e nada melhora. Já são nove milhões de telefones móveis. A decepção é grande com o Ministério Público, Decom, Procom. São pessoas simples reclamando das dificuldades, e as operadoras tendo bilhões de lucro”, disse.
Durante seu pronunciamento, o parlamentar traçou ainda um panorama da expansão da telefonia móvel no Estado, destacando que o serviço funciona “hoje como mais que um complemento para a velha telefonia fixa”. Segundo ele, no Ceará, os celulares já superaram o número de habitantes. “São 110 linhas habilitadas para cada grupo de 100 pessoas. São 9 milhões 750 linhas”, informou.
Lamentavelmente, destacou, junto com o número de celulares aumentou também o número de reclamações. São ligações interrompidas ou de má qualidade; mensagens de texto que não chegam ao destinatário (ou chegam depois de dias); internet fora do ar ou com velocidade abaixo da prometida pela operadora. E lembrou as inúmeras denúncias feitas da tribuna da Casa que não resultam em solução para o problema. “As empresas apenas prometem melhorar o serviço. Só prometem”, disse.
O parlamentar registrou ainda o descompasso entre o avanço da tecnologia dos novos aparelhos de telefonia móvel e a prestação de serviço pelas operadoras. “Os aparelhos hoje são verdadeiros portais de acesso à informação, e consolidaram-se como meios de comunicação capazes de influir no dia a dia das pessoas, no trabalho, nos estudos. Ocorre que, embora tenha sido disseminada uma cultura de concorrência entre as operadoras de sinais de voz e dados, o serviço continua ao mesmo tempo caro e ruim”.
Diante deste cenário, Welington Landim apontou como um dos principais desafios do setor de telefonia a ampliação ainda mais da gama de utilidades, obtendo um nível mais adequado na conexão, sem esquecer do futuro, que aponta, agora, para a tecnologia 4G.
JS/CP
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