Capitão Wagner destaca ações de prefeituras contra violência
Por ALECE27/05/2015 17:50 | Atualizado há 4 semanas
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Durante o segundo expediente desta quarta-feira (27/05), o deputado Capitão Wagner (PR) destacou a importância das ações de prefeituras para diminuir os índices de criminalidade e citou medidas, desenvolvidas em outros estados, que ajudaram a reverter grandes índices de criminalidade. Ele destacou o município de Diadema, no interior de São Paulo, que já foi considerado o mais violento do País e conseguiu reduzir o número de homicídios de 102 por mil habitantes para 9 por mil habitantes.
Segundo Capitão Wagner, isso foi resultado de ações como implantação de sistema de videomonitoramento na cidade, ações de ocupação de espaços públicos, melhoria na iluminação pública, além de trabalho conjunto das polícias Civil e Militar.
O deputado citou também a experiência da Prefeitura de São Bernardo do Campo, que instalou 400 câmeras, algumas delas capazes de fazer identificação facial, e Niterói, que também adotou o sistema desde março deste ano.
O parlamentar comparou as ações com as adotadas em Fortaleza, que, segundo ele, tem apenas 24 câmeras de monitoramento nos espaços públicos. Para ele, essa tecnologia pode ajudar muito a polícia e citou a prisão de quatro assaltantes que cometiam crimes na Via Expressa da Capital e foram identificados por causa das imagens de um vídeo gravado por um morador da região.
Capitão Wagner afirmou que o prefeito Roberto Cláudio prometeu que iria triplicar número de guardas municipais nas ruas, melhorar equipamentos e treinar os guarda civis municipais, instalar câmeras de segurança ligadas a uma central de monitoramento, mas nenhuma dessas promessas teria sido cumprida, segundo o parlamentar.
Ele criticou ainda a diminuição de espaços públicos para os jovens e atribuiu isso à especulação imobiliária.
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) destacou que o Mapa da Violência de 2015, que apresenta indicadores de 2002 a 2012, mostra queda 62% de morte de jovens em São Paulo, enquanto a morte de jovens cresceu 357% em Fortaleza. Segundo ele, de cada mil adolescentes da capital cearense, nove não chegam aos 18 anos, e, em São Paulo, 1,2 a cada mil morrem antes de completar a maioridade. “É uma situação estarrecedora de morte e violência, e o Poder Público municipal tem muita responsabilidade. Algumas prefeituras têm diminuído a letalidade ocupando o espaço público à noite, ofertando lazer e cultura”, enfatizou.
O deputado Elmano Freitas (PT) aparteou para destacar que as polícias e o Poder Judiciário precisam de um banco de dados integrado para facilitar o monitoramento de presos reincidentes. O parlamentar informou que, no fim de semana, esteve no velório de um rapaz do Levante Popular da Juventude, que foi assassinado.
O deputado Júlio César Filho (PTN) ressaltou que já existem ações em Fortaleza que visam diminuir a violência e que o programa Ceará Pacífico fará parceria com a Prefeitura para atuar nas áreas mais vulneráveis.
JM/JU
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