Fernanda Pessoa preocupada com situação hídrica do Estado
Por ALECE19/08/2014 15:00 | Atualizado há 3 semanas
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A deputada Fernanda Pessoa (PR) destacou, no primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (19/08), a situação precária do abastecimento de água no Estado, focando no açude Banabuiú. Segundo a parlamentar, em diversas regiões a população quer solução para as consequências da seca.
“Semana passada fiz aqui um detalhamento da atual situação dos açudes cearenses. Novamente levanto o tema, destacando especialmente a realidade do açude de Banabuiú, com informações de um laudo técnico entregue ao nosso gabinete”, afirmou.
A deputada informou que a capacidade atual do açude Banabuiú é de 1,6 bilhão de metros cúbicos. Porém, o volume atual é de 212 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a apenas 13,5% de sua capacidade. “O que se observa é que o açude Banabuiú, além de possuir várias demandas, é sobrecarregado ainda mais com a demanda para Região Metropolitana de Fortaleza. E o que questionamos é a razão desta demanda não sair do açude Castanhão, que possui um volume muito superior ao do Banabuiú”, destacou.
A parlamentar informou ainda que, de acordo com o estudo que lhe foi entregue, as consequências dessa sobrecarga é a ameaça à produção dos perímetros irrigados de Morada Nova e Tabuleiro de Russas. “Infelizmente, o prognóstico para 2015 é muito desanimador. Devido a tudo isso, vejo que a possibilidade de o açude Banabuiú atingir o volume morto ainda em 2014 é altíssima”, complementou.
Fernanda Pessoa destacou também matéria veiculada em jornal de circulação estadual que fala sobre a seca no Estado. Segundo a reportagem, no terceiro ano consecutivo de estiagem, o Ceará contabiliza pelo menos 577 poços profundos que precisam de recuperação. A matéria ainda informa que o Estado, que hoje tem nível crítico de abastecimento dos açudes, com apenas 28,7 % do volume, pode ainda enfrentar em 2015 mais uma quadra chuvosa insuficiente.
“Para mim, é injustificável termos mais de 577 poços profundos para serem recuperados, e termos apenas seis maquinas perfuratrizes. Não dá para entender também a construção de cisternas de placas num período sem chuvas. É também inexplicável a criação de vários poços profundos sem motor para puxar a água, como é o caso de Tejuçuoca”, pontua.
DF/AT
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