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Fernando Hugo critica julgamento para liberação de drogas por STF

Por Luciana Meneses
03/08/2023 10:35 | Atualizado há 4 meses

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Deputado Fernando Hugo (PSD) - Foto: Junior Pio

O deputado Fernando Hugo (PSD) criticou o julgamento da constitucionalidade de um dispositivo da Lei de Drogas que considera adquirir, guardar e transportar entorpecentes para uso pessoal, durante pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará desta quinta-feira (03/08).

A votação, por hora suspensa, conta com quatro votos a favor até o momento, porém, não abordará a questão da venda de drogas, que seguirá como ilegal.

Para o parlamentar, a pauta não deveria sequer estar sendo apreciada pela Corte. “O STF está votando pela descriminalização da maconha no Brasil, e pasmem, com um placar de quatro votos favoráveis. Enquanto vida eu tiver, questionarei tamanho absurdo. É beirar a insensatez completa despenalizar todo e qualquer tipo de porte de maconha”, bradou. 

Enquanto médico, Fernando Hugo alertou ainda para os efeitos de entorpecentes no organismo no ser humano. “Nós todos sabemos das consequências físicas psicológicas do uso de drogas. O usuário vai perdendo a memória e capacidade cognitiva, então imaginem um profissional de saúde realizando uma cirurgia sob efeito de maconha? Um profissional da construção? Se coloquem no lugar dos pais que lutam diariamente pela recuperação de seus filhos viciados. Das famílias que estão sendo destruídas por entes viciados”, cobrou.

Em aparte, o deputado Carmelo Neto (PL) parabenizou o colega deputado pela pauta e reclamou da atitude do STF. “Muito me revolta assistir ao supremo legislando mais que qualquer Casa legislativa desse País e tratando de forma vergonhosa esse assunto”, classificou. Já o deputado Sargento Reginauro (União) frisou que já houve uma experiência parecida na Suécia e não foi exitosa. “Algum magistrado realmente acredita que se comprará maconha com nota fiscal nesse País? O traficante não vai pagar imposto. Ou seja, é um atentado contra nossas famílias”, avaliou. 

O deputado Alcides Fernandes (PL) relatou sua experiência enquanto pastor ao lidar com famílias que sofrem com usuários de drogas. “São 31 anos trabalhando na igreja e vendo pessoas se libertando das drogas, após chegarem ao fundo do poço, muitas vezes protagonizando episódios de violência. Sinceramente, o STF deveria estar empenhado em criar mais clínicas de recuperação e não a liberação das drogas. Depois que Lula assumiu a nação, parece que as portas do inferno foram abertas”, afirmou. 

O deputado Antônio Henrique (PDT) também discordou da pauta e acrescentou que a juventude brasileira precisa ser cada vez mais protegida. “Tudo se inicia numa brincadeira e depois sabemos o que acontece. Não é momento para se liberar algo assim no País. Temos que nos empenhar em proteger nossa juventude”, frisou.

Edição: Adriana Thomasi

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