Heitor Férrer comenta situação da saúde no Ceará

Em pronunciamento durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quinta-feira (14/05), o deputado Heitor Férrer (PDT) voltou a falar sobre a crise na saúde pública do Estado. O parlamentar destacou as manchetes dos jornais de hoje, que apontam a suspensão de cirurgias eletivas e o atendimento de pacientes no chão dos corredores do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), “enquanto o Governo se preocupa com empréstimo para a construção do Acquario”.

Esse avanço nas negociações sobre o Acquario Ceará também foi noticiado pelos jornais. “É inadmissível que, diante de toda essa crise, em que temos sido manchete nacional diariamente, o Governo do Estado mantenha essa ideia insana de construir a casa para peixes”, criticou.

O pedetista sugeriu, inclusive, que o Governo procurasse firmar uma parceria público-privada para a conclusão da obra. “Já que essa casa para peixes é tão importante assim, e que vai nos trazer dinheiro até para nos livrarmos dos males da seca, como ouvi falar, o Governo deveria repassar a responsabilidade para o empresariado e focar na saúde do cearense”, sugeriu.

Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) repassou as informações fornecidas pelo diretor geral do HGF, Romero Esmeraldo. De acordo com ele, o HGF teve seus recursos para funcionamento reduzidos de R$ 22 milhões para R$ 11 milhões, este ano. O peemedebista explicou que, destes R$ 11 milhões, R$ 8 milhões são direcionados às cooperativas, enquanto R$ 3 milhões cobrem os insumos do hospital. “E, pelo que nos foi repassado, o hospital precisaria de, no mínimo, R$ 17 milhões para funcionar plenamente”, comentou.

Carlomano Marques reafirmou ainda que as cirurgias eletivas realmente foram suspensas por um período. Informou que os hospitais regionais estão mandando seus pacientes para o HGF por falta de insumos ou de profissionais em suas sedes.

O deputado Danniel Oliveira (PMDB) lembrou que, durante a gestão passada, o Governo do Estado afirmava que o Ceará teria a melhor rede de saúde pública do País. “O fato de um hospital como o HGF ter 50% dos recursos cortados entrega em que pé está a situação”, acrescentou.

Já o deputado João Jaime (DEM) frisou que, se não fossem as comissões técnicas da Casa, essa informação do corte de verbas jamais teria chegado à AL. “É importante colocar essas comissões para trabalhar e fazer mais convocações, para sabermos de fato o que está acontecendo. Só essa notícia do corte explica todo esse momento que o Estado está vivendo”, defendeu.
PE/AT