Fernanda Pessoa cobra agilidade na marcação de cirurgias de amígdalas
Por ALECE30/05/2012 19:47 | Atualizado há 6 dias
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A deputada Fernanda Pessoa (PR) cobrou uma ação do Governo para minimizar o problema das filas de espera para cirurgias de adenóide e amígdalas no Ceará. A questão foi tema de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia na tarde desta quarta-feira (30/05).
Fernanda Pessoa, que propôs o debate, destacou que a demanda por procedimentos especializados vem aumentando. Ela lembrou que no interior do Estado não há nenhuma unidade que realize cirurgias de adenóide e amígdalas, e isso vem aumentando a procura por hospitais em Fortaleza. Ela defendeu a realização de um novo mutirão de cirurgias para resolver o problema.
O presidente da Sociedade Cearense de Otorrinolaringologia, André Alencar, afirmou que apenas dois hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS) fazem essa cirurgia no Ceará: o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Hospital Universitário Walter Cantídio (Hospital das Clinicas). De acordo com ele, mais de180 pessoas estão na fila de espera destas cirurgias.
André Alencar ressaltou ainda que a fila causa prejuízo para o Estado, já que pacientes sem a operação usam antibióticos. Ele falou sobre problemas provocados pelo atraso da cirurgia, em especial nas crianças, como o risco de morte, perda da qualidade de vida, déficit de aprendizado e dificuldade auditiva.
A coordenadora do setor de Otorrino-Pediatria do HGF, Silvana Pimentel, afirmou que, cerca de 550 pessoas estão na fila de espera por cirurgias de adenóide e amígdalas no hospital. “Alguma delas desde 2006”, disse a médica. Na opinião dela, a solução do problema passa por uma estruturação do SUS.
O diretor da Cooperativa de Otorrinos do Ceará, Elias Leite, alertou que a implantação de clinicas especializadas no interior vai aumentar os diagnósticos e a demanda por cirurgias. Ele destacou que há também falta de especialistas credenciados ao SUS e propôs uma parceria entre o Estado e a Cooperativa para realizar cirurgias.
A coordenadora de Controle e Auditoria da Secretaria Estadual de Saúde, Lílian Beltrão, afirmou que a defasagem nos valores da tabela do SUS dificulta a contratação de médicos. Ela disse que o Estado vai repassar recursos para complementar o pagamento de profissionais, buscar apoio do Governo Federal e está analisando a ampliação de um turno de funcionamento de salas de cirurgia.
Também participaram do debate, representantes da Promotoria de Justiça da Defesa da Saúde Pública e otorrinolaringologistas do Hospital Infantil Albert Sabin e de vários hospitais do Estado.
CV/CP
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